Cemig (CMIG4): Zema apresenta plano de privatização da empresa
O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), apresentou a deputados estaduais uma prévia do que é a sua proposta para privatizar a estatal de energia elétrica Cemig (CMIG4).
O plano de Zema é tornar a empresa uma corporação – ou seja, fazer com que a Cemig tenha uma estrutura societária sem um acionista controlador.
Apesar disso, a expectativa é de que o Governo de Minas Gerais siga como o principal acionista por hora, com 17% do capital.
Atualmente o Governo de MG é o acionista controlador com uma fatia societária com pouco menos de 51% das ações que dão direito a voto. Além disso, o BNDES é sócio da empresa com 11% das ações ordinárias e 3% do capital social total.
O modelo apresentado por Zema tem semelhança com a privatização da Eletrobras (ELET3), e também com o modelo apresentado por Tarcísio de Freitas (Republicanos) para a privatização da Sabesp (SBSP3).
Isso porque o plano do Governador inclui a criação de uma golden share – uma ação de classe especial que dá poder de veto para decisões em assuntos estratégicos.
Além disso, a expectativa é de que a Cemig deixe de ter dois papéis listados em bolsa, como atualmente – CMIG4 e CMIG3.
O plano é que as ações preferenciais sejam convertidas em ordinárias.
“Atualmente, 1/3 do total de ações da Cemig são ordinárias e 2/3 das ações são preferenciais. O Estado possui 50,97% das ações ordinárias e nenhuma ação preferencial. Assim, detém hoje 17,04% do total de ações da Cemig (mesmo percentual do cenário pós-corporação) e mantém o controle da empresa, já que tem maioria das ações ordinárias”, diz o texto do plano de privatização da Cemig.
O texto prevê a continuidade no recebimento de dividendos da Cemig pelo Governo de MG.
Desempenho das ações da Cemig
As ações da Cemig tiveram alta de 0,8% nesta quinta-feira (19), a R$ 11,78. No ano, os papéis acumulam alta de 8%.
Cotação CMIG4