Guerra Israel-Hamas: 12º dia é marcado por encontro de Biden com Netanyahu e manifestações; prédio da ONU é incendiado no Líbano

Em meio à guerra em Israel que atrai todos os olhares internacionais, a chegada do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, ao Estado acontece um dia após uma explosão em hospital de Gaza.

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Biden desembarcou em Tel Aviv nesta quarta-feira (18) simbolizando o apoio dos EUA ao aliado no Oriente Médio.

Os EUA pediram que Israel autorizasse ajuda humanitária pelo Sul de Gaza, com caminhões de mantimentos entrando pela fronteira com o Egito – o que foi autorizado pelas autoridades israelenses.

Mas a guerra ganhou outro capítulo com a ameaça do presidente russo Vladimir Putin, que ameaçou dois porta-aviões enviados pelos EUA para dar apoio a Israel. Putin disse que a Rússia pode patrulhar o espaço aéreo na região com caças armados com mísseis hipersônicos, e afirmou que pretende impedir que Irã, aliado da Rússia, entre na guerra.

Biden fala sobre ataque de Israel a hospital em Gaza

O presidente dos Estados Unidos encontrou-se com o primeiro-ministro de Israel Benjamin Netanyahu e emitiu algumas declarações iniciais sobre o bombardeio ao hospital al-Ahli, próximo à Faixa de Gaza, onde estima-se que morreram ao menos 500 pessoas – autoridades palestinas citam cerca de 870 pessoas. O tom do discurso americano foi de que a resposta de Israel era “culpa” do outro lado.

Além disso, Biden tinha na agenda compromissos marcados na Jordânia após a visita a Israel. Contudo, após o bombardeio sua agenda foi esvaziada.

“Fiquei profundamente triste e indignado com a explosão ontem no hospital em Gaza. E com base no que vi, parece que foi feito pelo outro time, não por vocês” afirmou o presidente dos EUA.

As Forças Armadas israelenses, por sua vez, afirmaram que a culpa do ataque é do grupo Jihad Islâmica, extremistas palestinos. Para oficialização, foi publicado um vídeo institucional demonstrando o motivo do grupo para condução do ataque ter sido conduzido pelo grupo. A peça foi posteriormente apaga.

A Jihad Islâmica negou o envolvimento no ataque ao hospital.

EUA prometem US$ 100 milhões em ajuda humanitária a palestinos

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou nesta quarta-feira (18) que o país vai destinar US$ 100 milhões de ajuda humanitária aos palestinos na Faixa de Gaza e na Cisjordânia.

Biden esteve reunido, em Tel Aviv, em Israel, com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, para falar sobre o conflito entre Israel e Hamas, no Oriente Médio.

“Esse financiamento ajudará a apoiar mais de um milhão de pessoas deslocadas e afetadas pelo conflito, fornecendo água potável, alimentos, produtos de higiene pessoal, assistência médica e outras necessidades essenciais. Os Estados Unidos fornecem assistência humanitária por meio de parceiros confiáveis, incluindo agências da ONU e ONGs internacionais”, diz nota divulgada pelo governo norte-americano.

Na nota, os Estados Unidos destacam que os civis “não são culpados e não devem sofrer com o terrível terrorismo do Hamas”.

“As vidas dos civis devem ser protegidas e a assistência deve chegar com urgência aos necessitados. Continuaremos a trabalhar em estreita colaboração com os parceiros na região para enfatizar a importância de cumprir a lei da guerra, apoiar aqueles que estão tentando se refugiar, ou fornecer assistência e facilitar o acesso a alimentos, água, cuidados médicos e abrigo”.

Declarações de Biden em Israel

O desembarque de Biden aconteceu no Aeroporto Internacional Ben-Gurion, onde foi recebido por Benjamin Netanyahu, o primeiro-ministro de Israel, e pelo presidente de Israel, Isaac Herzog.

Na pista de pouso, os representantes trocaram abraços e algumas palavras.

“Desde o ataque, vemos o ataque sendo descrito como o 11 de setembro de Israel. para uma terra do tamanho de Israel, o que aconteceu equivale a 15 ’11 de setembros'”, comparou o presidente dos Estados Unidos em uma coletiva em Israel nesta quarta-feira (18).

“A escala pode ser diferente, mas eu tenho certeza de que o sentimento é mesmo: de choque, dor, raiva. Eu entendo e não podemos olhar para o que aconteceu aqui e não gritar por justiça, justiça que precisa ser feita. Mas não deixe essa raiva te consumir”, aconselhou Biden.

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Prédio da ONU incendiado no Líbano e ameaças na Europa

Algumas horas após o bombardeio ao hospital, o prédio da Organização das Nações Unidas (ONU) foi incendiado no Líbano.

Enquanto isso, eventos na Europa que podem ser relacionados ao antissemitismo tumultuaram a manhã desta quarta-feira (18):

  • Em Roma, uma escola judaica foi fechada após uma ameaça de bomba;
  • Em Berlim, o chancelar Olaf Scholz condenou atos violentos contra uma sinagoga, onde foram arremados coquetéis molotov;

Conflito no Líbano esquenta

No Líbano, a Embaixada dos Estados Unidos em Beirute está em conflito tensionado entre manifestantes palestinos e as forças de segurança do país.

Bombas de gás são arremessadas contra os manifestantes, que revidaram com pedras.

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Camila Paim

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