Radar: Vale (VALE3) tem queda na produção de minério, analistas projetam desempenho forte da Telefônica (VIVT3) no 3T23 e banco recomenda Mercado Livre (MELI34)
A mineradora Vale (VALE3) reportou nesta terça (17) que sua produção de minério de ferro sofreu uma redução de 4% no terceiro trimestre de 2023, o 3T23, na comparação anual, totalizando 86,238 milhões de toneladas.
A queda na produção da Vale ocorreu, segundo a Vale, com a menor produção de minério bruto (ou run-of mine no jargão técnico) do complexo de Paraopeba e à menor produção de Serra Norte.
De acordo com a empresa, a qualidade geral melhorou com o teor de ferro aumentando 87 pontos base ano a ano, resultado da maior produção no S11D (mina de Carajás) e da maior produção de partículas finas (ou pellet feed) de Brucutu com o comissionamento da barragem de Torto, aumentando a produção de pelotas em 11% ano a ano.
As vendas atingiram 69,7 milhões de toneladas, aumento de 6,6% ante igual período do ano passado e de 10% na comparação sequencial. As vendas de finos e pelotas de minério de ferro aumentaram 4,4 milhões de toneladas na comparação anual, com a venda de estoques do primeiro semestre e aproveitando as condições favoráveis do mercado.
A produção do Sistema Sul diminuiu 2,6 milhões de toneladas, principalmente devido à menor produção de ROM e às vendas do Complexo Paraopeba, além da parada temporária das operações de Viga devido à manutenção pontual do rejeitoduto.
Além de Vale, confira outros destaques desta terça-feira:
Telefônica Brasil (VIVT3): analistas projetam desempenho forte e margens saudáveis no 3T23
- Analistas da Genial Investimentos projetam um desempenho forte no 3T23 da Telefônica (VIVT3), dona da Vivo, com margens saudáveis, impulsionado principalmente pelo segmento pós-pago.
- Segundo as métricas da corretora, a receita operacional líquida da Telefônica deverá crescer 1,1% na comparação trimestral e 5,6% na anual, alcançando R$ 12,9 bilhões, novamente superando a inflação, com uma ligeira melhora sequencial nas margens Ebitda (Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) e líquida.
- “Durante o semestre, houve um aumento nos preços da base de clientes pós-pago da Telefônica, impulsionando a receita. Além disso, o ajuste de preço na aquisição da base móvel da Oi (OIBR3) foi anunciado durante o trimestre, tendo um impacto positivo no resultado”, diz o relatório, assinado por Felipe Matttar, Antonio Cozman e Iago Souza.
- Diante desse quadro, a Genial manteve sua recomendação de compra das ações da Telefônica, com um preço-alvo de R$ 55. Diante do valor da ação no fechamento desta terça-feira (17), em R$ 45,73, o preço-alvo inclui um potencial de valorização da ação de 20%.
Mercado Livre (MELI34): banco recomenda ações: “Empresa à frente da concorrência”
- O BTG Pactual reiterou recomendação de compra para as ações do Mercado Livre (MELI34). O banco vê a empresa como líder no comércio eletrônico na América Latina, com boas taxas de receita e rentabilidade a curto prazo. Os analistas destacam o bom rendimento da área de crédito.
- “Embora permaneçamos conservadores em relação à exposição ao comércio eletrônico (setorialmente), a variedade de tráfego e um maior foco no nível de serviço permanecem fundamentais para o sucesso das plataformas deste segmento na América Latina”, explica o BTG.
- Segundo analistas do banco, o Mercado Livre está à frente da concorrência, com uma taxa de crescimento anual composta (CAGR) do lucro por ação de 26% nos últimos quatro anos. A ação subiu neste ano cerca de 45%.
- O BTG ainda afirma que o Mercado Livre deve continuar obtendo bons resultados no segmento de crédito, que deve persistir no terceiro trimestre de 2023.
- Dados do banco apontam que a companhia está sendo negociado a um múltiplo de 1,2 vezes o valor da sua transação bruta de mercadorias (GMV), projetada para 2023 e a um múltiplo de 3,3 vezes a vendas (EV/Vendas).
- O BTG fixa preço de US$ 1.790,00 nas ações do Mercado Livre negociadas em Nova York, cotadas hoje a US$ 1240.
Light (LIGT3) troca CEO e faz ‘dança das cadeiras’
- A Light (LIGT3) decidiu trocar seu CEO no âmbito do seu processo de transição.
- Octavio Pereira Lopes, que era o CEO da Light, deixará o cargo, dando lugar a Alexandre Nogueira Ferreira – que ocupava o cargo de diretor regulatório e de relações institucionais da empresa.
- “A Light informa que o Conselho de Administração, em reunião realizada nesta data, aprovou o início de um período de transição, pelo qual o Sr. Octavio Cortes Pereira Lopes deixará as suas funções nas Companhias tão logo se conclua a reestruturação financeira em curso, ou 31 de dezembro de 2023, o que ocorrer primeiro”, explica a companhia.
- Alexandre, que será o novo CEO, trabalhou 22 anos na Energisa (ENGI11), empresa em que teve destaque por bom relacionamento institucional junto aos órgãos reguladores – como ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) e o Ministério de Minas e Energia (MME).
- A transição incluirá o atual diretor administrativo, Vinícius Roriz, que assumirá como o Chief Operating Officer (COO) da Light.
- As mudanças no comando da companhia já eram relativamente aguardadas desde que o quadro societário foi alterado, com o empresário Nelson Tanure se tornando o maior acionista da companhia e convocando reuniões para pedir uma nova abordagem na companhia.
MRV (MRVE3): vendas líquidas saltam 54% e chegam a R$ 2,2 bi no 3T23
- A MRV (MRVE3) reportou nesta terça (17) um recorde histórico em vendas líquidas nos primeiros nove meses de 2023, segundo sua prévia operacional, totalizando R$ 6,2 bilhões em 2023 até o dia 31 de setembro no seu segmento de incorporação.
- No terceiro trimestre isolado, as vendas líquidas da MRV Incorporação atingiram R$ 2,2 bilhões, valor que representa um salto de 54,5% na comparação em relação ao terceiro trimestre de 2022.
- O ticket médio da MRV com foco em baixa renda aumentou 5,7% no 3T23 na comparação com trimestre anterior, e saltou 18,9% ante o mesmo período do ano passado, alcançando o valor de R$ 239 mil por unidade residencial.
- O indicador de vendas sobre oferta (VSO), que indica a velocidade das vendas da MRV, também aumentou e chegou a 30,4% no 3T23. A alta foi de 1,5 ponto percentual ante o 2T23 deste ano e de 12 pontos percentuais ante o terceiro tri de 2022.
- A companhia produziu 8.726 unidades no terceiro trimestre, representando um aumento de 15% contra o segundo tri e de 5% ante o terceiro trimestre do ano passado.
Banco do Brasil (BBAS3) lança primeiro ETF focado em diversidade
- O Banco do Brasil (BBAS3), por meio da BB Asset, lançou o primeiro ETF focado em diversidade do mercado de capitais brasileiro.
- Conforme o comunicado do Banco do Brasil, o ETF se chama “BB ETF IDIVERSA B3 IS Fundo de Índice”: foi identificado pelo ticker DVER11 e as negociações começaram já nesta terça (17).
- O ETF de diversidade do BB é composto por 79 ativos de 75 empresas, pulverizadas em dez setores econômicos.
- “Reforçando o seu histórico inovador, o novo ETF solidifica o compromisso da BB Asset em trazer ao mercado soluções em ETF diferenciadas. Este é o oitavo ETF da sua carteira, tendo apresentado em 2022 o primeiro ETF agro nacional, AGRI11, além dos pioneiros ETFs de commodities: CORN11 e BBOI110″, diz o Banco do Brasil.
- A cota inicial é de R$ 10 e o ETF conta com Taxa de Administração: 0,20%. A aplicação é D+0/ D+0 e o resgate: D+0 / D+2. O público-Alvo são investidores em Geral
- Tarciana Medeiros, a presidente do Banco do Brasil, considera que ações como essa se somam a tantas outras que a empresa tem realizado e consolidam o protagonismo do BB na promoção da diversidade, equidade e inclusão.
- “Nossa atuação vai além da legislação e estamos na vanguarda do tratamento dado a promoção da diversidade. Temos atuado com ações concretas em prol da inclusão social e contar com diversos atores sociais nessa pauta é extremamente necessário, já que a desigualdade social é um assunto que deve ser foco constante de toda a sociedade”, diz.
- “Temos feito nossa parte, inclusive sendo vistos como referência sobre este tema. O destaque no peso do Banco do Brasil no iDiversa da B3 é um exemplo disso, assim como nossa atuação consistente – com compromissos públicos e metas concretas – mostra que o Banco do Brasil tem sido uma das empresas brasileiras que mais tem contribuído para o desenvolvimento social e econômico do país”, completa.
- Denísio Liberato, CEO da BB Asset, ressalta o ineditismo do BB ETF IDIVERSA e sua relevância para a indústria de investimentos no Brasil.
- “O DVER11 representa mais uma solução de investimento do portfólio de produtos ASG da BB Asset, atrelado ao primeiro índice latino-americano que combina critérios de gênero e raça para a seleção das empresas que comporão a carteira. Esta é uma iniciativa que busca valorizar empresas que se destacam em diversidade em suas lideranças e, com isso, proporcionar um ciclo virtuoso de valorização econômica e redução de desigualdades”.
Da Vale ao Mercado Livre, essas foram as empresas que se destacaram hoje. Para ler todas as matérias clique aqui.