Preço da carne em alta é reflexo da entressafra, diz Bolsonaro
O presidente Jair Bolsonaro disse que a alta do preço da carne é motivada por uma combinação de entressafra com aumento das exportações. A declaração ocorreu, nesta segunda-feira (9), durante uma transmissão ao vivo nas redes sociais.
De acordo com Bolsonaro, o preço da carne deverá voltar a cair em breve. A baixa deverá ocorrer após o preço do boi gordo atingir máximas históricas e, como consequência, pressionar a inflação.
“Estamos numa entressafra. É natural nessa época do ano a carne subir por volta de 10%, subiu um pouco mais devido às exportações”, afirmou o mandatário.
O presidente salientou ainda que os produtores brasileiros estão trabalhando para aumentar a produtividade. Dessa forma, a demanda do mercado externo será atendida e os preços deverão cair.
“Eu estou levando pancada sobre o preço da carne. É uma entressafra, vai diminuir esse preço, o pessoal está investindo cada vez mais, mas não é fácil você ser agricultor também. Pessoal sempre critica o homem do campo, desmatamento, desmatamento. Está comprovado aqui que a gente praticamente não precisa da Amazônia para isso daí”, disse Bolsonaro.
O surto de peste suína africana que afetou a criação de porcos na China fez com que o Brasil, maior exportador de carne bovina do mundo, exportasse cada vez mais ao país asiático.
Reflexos da alta da carne na inflação
Na última sexta-feira (6), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística divulgou o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) referente a novembro. Segundo o instituto, as carnes tiveram avanço de 8,09% no mês de novembro.
Saiba mais: IPCA atinge maior patamar para novembro desde 2015
O aumento do preço das carnes foi o principal responsável pela alta do IPCA em novembro. O índice apresentou resultado de 0,51%, maior patamar registrado para o penúltimo mês do ano desde 2015.
Além da alta do preço da carne, o instituto informou que outro fator que impactou o índice foi a alta das tarifas de energia elétrica. As tarifas subiram 2,15% com a alteração da bandeira tarifária entre outubro e novembro, que passou para bandeira vermelha patamar 1.
