Quais líderes mundiais declararam apoio a Israel?
A nação de Israel declarou guerra após sofrer um ataque surpresa do Hamas que deixou cerca de 100 mortos segundo autoridades locais – o maior volume de vítimas em uma incursão nos últimos anos.
Com isso, autoridades internacionais já articulam posições após o início da Guerra em Israel e do acirramento da tensão na região da Faixa de Gaza.
Em comunicado oficial, o Governo de Israel destacou que o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu falou na manhã deste sábado (7) com o presidente francês Emmanuel Macron e o primeiro-ministro holandês Mark Rutte.
Ambos os líderes expressaram total apoio ao direito de Israel se defender.
O governo ainda comunicou que o presidente dos EUA, Joe Biden, ligou para o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e enfatizou que os EUA apoiam Israel e apoiam totalmente o direito da nação de se defender.
“O Primeiro-Ministro agradeceu ao Presidente dos EUA pelo seu apoio sem reservas e deixou claro que seria necessária uma campanha prolongada e poderosa na qual Israel venceria”, disse o Estado de Israel.
O Ministério das Relações Exteriores do Brasil condenou, em nota, os ataques do grupo Hamas ao território de Israel.
“O Governo brasileiro condena a série de bombardeios e ataques terrestres realizados hoje em Israel a partir da Faixa de Gaza, provocando a morte de ao menos 20 cidadãos israelenses, além de mais de 500 feridos”, diz o Itamaraty.
Entenda a guerra em Israel
A nação entrou em estado de guerra nesse sábado (7) logo após o Hamas realizar um ataque surpresa em grande escala – considerada uma das maiores ofensivas contra a nação judaica nos últimos anos.
Conforme informações da Reuters, foram ao menos 70 mortes de israelenses, e o número de vítimas ainda pode aumentar, segundo autoridades.
Em uma retaliação de Tel Aviv, cerca de 200 palestinos foram mortos.
O primeiro ministro, Benjamin Netanyahu, declarou que a Palestina “pagará um preço sem precedentes” pela ofensiva.
“Desde esta manhã, o Estado está em guerra. O nosso objetivo prioritário é expulsar as forças hostis que se infiltraram no nosso território e restaurar a segurança e a tranquilidade das comunidades que foram atacadas”, disse o primeiro ministro em postagem nas suas redes sociais.
“O segundo objetivo, ao mesmo tempo, é cobrar um preço imenso ao inimigo, também dentro da Faixa de Gaza. O terceiro objetivo é reforçar outras frentes para que ninguém se junte a esta guerra por engano. Estamos em guerra. Na guerra, é preciso ter equilíbrio. Apelo a todos os cidadãos israelenses para que se unam para alcançar o nosso objetivo mais elevado – a vitória na guerra”, completou.
O Hamas havia lançado 2500 foguetes contra o centro e o sul de Israel na sua incursão, além de dezenas de terroristas que invadiram a fronteira atacando civis.
O chefe da polícia de Israel disse à AFP que houve “21 cenas ativas” no sul do país, indicando a extensão do ataque.
“Temos que olhar para o fato que estão completando 50 anos da guerra do Yom Kippur. É a guerra em que Israel foi pego surpresa por ataques de Síria, Egito, em uma época festiva. Essa memória voltou”, disse Leonardo Trevisan, Professor de Relações Internacionais da ESPM, a CNN.
“O tom que ele [Netanyahu] fala é de guerra. Não é o tom de uma operação, de uma incursão. Ele está falando em guerra. Temos que colocar em um contexto mais amplo – há uma crise forte na Cisjordânia, apesar de isso ser muito constante, com 200 mortes de palestinos e 35 mortos de Israel nos últimos quatro meses”, completou.