Investidores estrangeiros sacam R$ 8,85 bilhões da B3 em novembro
Os investidores estrangeiros sacaram R$ 8,85 bilhões do mercado secundário da Bolsa de Valores de São Paulo (B3). Os dados foram divulgados, nesta quarta-feira (4), pela própria instituição.
O montante é resultado de R$ 156,5 bilhões em compras de ações e R$ 165,34 bilhões em vendas. O valor representa um recorde no volume de saques na B3 para um mês de novembro.
Entre janeiro a novembro, o fluxo externo está negativo em R$ 39,25 bilhões na bolsa. Além disso, no acumulado do ano, as saídas de investimento estrangeiro do País estão na máxima histórica. Dessa forma, caso não ocorra nenhuma mudança significativa em dezembro, este ano será o pior para os fluxos estrangeiros no Brasil.
As incertezas econômicas globais e a guerra comercial entre os Estados Unidos e a China contribuíram para a aversão ao risco em 2019. Consequentemente, refletiram no desempenho negativo do fluxo externo.
Ademais, neste ano, os investidores estrangeiros investiram R$ 27,07 bilhões em papéis oriundos de ofertas públicas iniciais de ações (IPOs) e em follow-ons.
Ao analisar os mercados primário e secundário, o fluxo estrangeiro está negativo em R$ 12,18 bilhões entre janeiro e novembro. O montante é o pior resultado para o período desde 2004, primeiro ano em que a B3 disponibilizou os dados.
Alta de 95% no número de investidores ativos da B3
A Bolsa de Valores de São Paulo atingiu 1,536 milhão de investidores ativos em outubro. Esse número representa alta de 95% em comparação com o mesmo período no ano passado.
Saiba mais: Número de investidores ativos na B3 cresce 95% em um ano
Além disso, em comparação com o mês anterior, setembro, o número representa alta de 6,5%. Ademais, o valor de mercado das empresas listadas apresentou alta de 24% em comparação com outubro do ano passado, para R$ 4,232 trilhões.
A B3 informou que, no segmento de mercado de derivativos, o volume médio diário de contratos teve uma elevação de 35,9% em um ano, para 4,455 milhões. Em comparação com o mês de setembro, a alta foi de 21,2%. A receita média por contrato caiu 15,9% em relação ao ano passado.