Vale: Operação da mina de Brucutu pode ser normalizada em janeiro

O diretor-executivo da Vale, Marcelo Spinelli, espera retomar a operação da mina de Brucutu, em Minas Gerais, em um mês. A informação foi anunciada no evento do Vale Day, realizado nesta quarta-feira (4) em Londres, na Inglaterra. O evento consiste em um encontro da empresa com investidores e analistas.

O diretor da Vale afirmou que na última segunda-feira (2), durante o Vale Day realizado em Nova York, a empresa decidiu suspender a disposição de rejeitos na barragem Laranjeiras. Vale destacar que a suspensão é temporária. A barragem Laranjeiras é interligada a mina de Brucutu. A suspensão foi feita para que a empresa possa avaliar as características da barragem.

“Decidimos reduzir a operação em Brucutu para garantir que Laranjeiras esteja bem. Esperamos voltar ao normal em Brucutu em um mês”, assegurou.

Spinelli também disse que o custo de produção dos finos de minério de ferro da mina ao porto, denominado ‘custo caixa C1’, da Vale poderá sofrer uma queda no valor, passando de US$ 15 por tonelada estimados para 2019 para US$ 13,5 por tonelada em 2024. No trimestre encerrado em setembro, esse custo ficou em US$ 15,3 por tonelada.

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O diretor-executivo da mineradora completou dizendo que o custo do frete marítimo para o minério de ferro produzido pela Vale deverá passar do valor de US$ 18 por tonelada estimados para este ano para o montante de US$ 16,3 por tonelada em 2024.

Gastos da Vale com desastre de Brumadinho

O diretor especial de reparação e desenvolvimento da empresa, Marcelo Klein, afirmou, na última segunda-feira (2), que a mineradora gastou US$ 1,6 bilhão (cerca de R$ 6,7 bilhões) com o rompimento da barragem de Brumadinho, em Minas Gerais.

Veja também: Vale prevê a produção de 340 mi a 355 mi t de minério de ferro em 2020

Durante um evento da empresa em Nova York, Klein afirmou que os recursos foram direcionados para reparos e indenizações. O diretor destacou que a companhia está comprometida a fazer uma reparação total na cidade.

Segundo o diretor da Vale, a mineradora continua atuando nas compensações econômicas e não econômicas das consequências do desastre.

Juliano Passaro

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