Leilão do Desenrola chega a R$ 126 bilhões com desconto médio de 83%

A última fase – de leilão – do Desenrola chegou à cifra de R$ 126 bilhões, conforme anunciado nesta sexta-feira (29), em coletiva do Ministério da Fazenda.

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Segundo informações concedidas pelo ministro Fernando Haddad e outros integrantes da pasta, o desconto médio do Desenrola é de atuais 83%.

Além disso, foram R$ 59 bilhões para dívidas até R$ 5 mil reais e R$ 68 bilhões para dívidas entre R$ 5 mil e R$ 20 mil reais.

“O programa pode ser considerado um enorme sucesso. Nós não esperávamos esse resultado, de maneira que os R$ 151 bilhões, com os descontos aplicados, se transformaram em R$ 25 bilhões [que podem ser renegociados]”, afirmou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

Haddad destacou que uma parte significativa das dívidas – dos que entram na Faixa 1, com renda de 2 salários mínimos e dívida de até R$ 5 mil – serão garantidas pelo Tesouro Nacional.

Segundo o Secretário de Reformas Econômicas, Marcos Pinto, os bancos vão inclusive competir pelos juros mais atrativos, mas o ‘teto’ é de 1,99% ao mês.

“O desconto mínimo no âmbito do programa é de 32%, e temos descontos de até 99%. O programa beneficia também a economia de um modo geral, dando mais caixa para as empresas. As pessoas ficam reabilitadas para consumir, porque quem tinha o nome sujo agora pode comprar as coisas”, ressaltou.

Conforme o regramento atual, logo após o pagamento da primeira parcela, o nome do endividado passa a ser limpo de forma imediata, tendo 5 dias úteis para a instituição financeira dar baixa.

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Segundo as informações da pasta, o ticket médio pós desconto é de R$ 423.

“A expectativa é de que com isso tenhamos um fim de ano melhor, com a população com o crédito recuperado, somado ao aumento de renda que estamos tendo”, disse o Ministro da Fazenda.

“Acho que essa plataforma seguirá sendo utilizada por mais anos; ela é nova, um instrumento novo”, seguiu.

Juros do rotativo como emenda do Desenrola

Durante a coletiva, ao ser indagado sobre mudanças nos juros do crédito rotativo, Haddad reafirmou que as autoridades devem discutir o tema muito em breve.

“Já foi aprovado na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado e na Câmara uma emenda do desenrola que prevê 90 dias para o CMN deliberar sobre um teto no rotativo, colocando um teto de 100%”, disse.

Conforme o ministro, primeiramente o Banco Central (BC) deverá solicitar sugestões de auto regulamentação por parte dos bancos, e posteriormente esse teto de 100% deve ser implementado.

O projeto que integra o texto do Desenrola, com isso, ainda deve tramitar no Conselho Monetário Nacional (CMN).

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Eduardo Vargas

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