Bolsonaro assina decreto que facilita privatização de elétricas

O presidente da República, Jair Bolsonaro, assinou um decreto que visa facilitar a privatização de estatais estaduais e municipais de geração de energia elétrica, estabelecendo novos prazos para a conclusão de processos de licitação. A informação foi divulgada nesta sexta-feira (29) pelo Ministério de Minas e Energia.

“Além de obter uma nova concessão de 30 anos, as empresas desestatizadas poderão migrar seus contratos para o regime de produção independente e negociar a energia no mercado livre”, afirmou o Ministério de Minas e Energia do governo de Jair Bolsonaro.

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O decreto 10.135/2019 é uma alteração do anterior, que foi assinado em janeiro de 2018 e regulamentava as outorgas relacionadas à privatização de empresas públicas de energia elétrica, visando estabelecer novos prazos para o enquadramento das concessionárias.

O novo decreto assinado por Bolsonaro estipula que é preciso que a outorga em vigor da concessionária pública tenha prazo de vencimento superior a três anos e seis meses e a licitação concluída em até 18 meses até do fim do prazo de validade.

“Essas alterações permitirão que o poder público (de Estados e municípios) tenha prazo suficiente para realizar as privatizações, bem como o poder concedente (União) tenha o prazo necessário para realizar uma nova licitação se a empresa não optar pela desestatização”, disse o ministério.

Bolsonaro fala sobre Selic

O presidente Jair Bolsonaro também declarou nesta sexta (29) que as taxas de juros cobradas pelos bancos no Brasil devem ser compatíveis com a taxa básica de juros (Selic). Atualmente, a taxa Selic é de 5% ao ano.

De acordo com Bolsonaro, os bancos deverão demonstrar que reduziram suas taxas de juros. “O Brasil caminha nessa direção, [para] os números passarem a ser compatíveis com a taxa de juros e com aquilo que estamos fazendo na economia”, disse o mandatário.

Saiba mais: Bolsonaro: ‘Juros cobrados por bancos devem ser compatíveis com Selic’

Além disso, o presidente elogiou a limitação dos juros do cheque especial para 8% ao mês.

“Foi bom o anúncio dos juros, do cheque especial. Pedido do Banco Central. Agora, cada instituição financeira [vai ter que mostrar] quanto é o juro, para a gente mostrar que houve a redução. Não é um canetaço, foi decidido pelo CMN”, disse Bolsonaro.

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Bolsonaro ressaltou que solicitou um levantamento ao Banco Central (BC) sobre os juros cobrados no cheque especial por todas as instituições financeiras do País. Com base nisso, foi estabelecido o tamanho da redução.

Rafael Lara

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