Dólar sobe com cautela, frente à instabilidade chinesa e alta dos Treasuries

Nesta segunda-feira (25), o dólar e demais mercados demonstram que a cautela da semana assada permanece. As preocupações persistem em relação à fragilidade da economia chinesa e ao receio de um prolongado aperto monetário nos Estados Unidos, impactando negativamente os preços das commodities, impulsionando as taxas dos Treasuries e exercendo pressão ascendente sobre o dólar.

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No Brasil, a cotação do dólar começou o dia com um leve ganho em relação ao real, valendo em torno de R$ 4,94 tanto nos mercados à vista quanto nos futuros.

China, Brasil e cotação do dólar hoje (25)

Na China, as inquietações concentram-se no setor imobiliário. As ações da incorporadora Evergrande sofreram uma queda de aproximadamente 22% após a empresa anunciar que enfrenta restrições na emissão de novos títulos, devido a uma investigação relacionada a uma de suas subsidiárias. Esse desenvolvimento compromete os planos da empresa de reestruturar uma dívida que ultrapassa a marca de US$ 300 bilhões.

Além disso, a China Oceanwide Holdings, outra empresa do setor imobiliário, anunciou hoje que será objeto de liquidação pelo tribunal judicial das Bermudas, após não conseguir honrar um empréstimo de US$ 175 milhões junto a um de seus credores. A empresa também informou a suspensão de suas atividades na Bolsa de Hong Kong. Nesse cenário, os preços do minério de ferro fecharam em queda de 2,03% em Dalian, e os mercados asiáticos encerraram a sessão sem uma direção clara.

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No Brasil, o foco da manhã recai sobre o resultado das transações correntes, que apresentaram um déficit de US$ 778 milhões em agosto, de acordo com dados divulgados pelo Banco Central. Este é o melhor desempenho para um mês de agosto desde 2020, quando o saldo foi positivo em US$ 874,4 milhões. O número surpreendeu positivamente em relação à mediana das estimativas coletadas pelo Projeções Broadcast, que apontava para um déficit de US$ 2,1 bilhões. Em contrapartida, os Investimentos Diretos no País (IDP) totalizaram US$ 4,270 bilhões em agosto, ficando abaixo da mediana das estimativas que era de US$ 5,3 bilhões.

Às 9h40, o Dollar Index (DXY), que avalia a variação do dólar em relação a uma cesta de seis moedas fortes, apresentava uma alta de 0,15%, atingindo 105,74 pontos. Enquanto isso, o dólar à vista registrava um aumento de 0,30%, sendo cotado a R$ 4,9472. No mercado futuro, a cotação do dólar para outubro estava sendo negociado com um avanço de 0,27%, atingindo R$ 4,9490.

Com informações de Estadão Conteúdo.

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Camila Paim

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