China acusa EUA de interferência em assuntos internos

O governo da China acusou os Estados Unidos de interferência nos assuntos do país ao aprovar uma lei que apoia os manifestantes de Hong Kong.

“Isso é pura interferência nos assuntos internos da China. A lei trata Hong Kong com intimidação e ameaças”, informou o Ministério das Relações Exteriores em Pequim por um comunicado.

Por sua vez, o presidente norte-americano, Donald Trump, informou que espera que os líderes possam se resolver de uma forma “amistosa”.

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“Assinei esta resolução por respeito ao presidente Xi Jinping, à China e ao povo de Hong Kong. Foi promulgada com a esperança de que os líderes e representantes da China e de Hong Kong saibam solucionar, de forma amistosa, suas divergências”, disse Trump.

O Escritório de Assuntos de Hong Kong e Macau divulgou uma nota afirmando que o ato do governo estadunidense é “cheio de preconceito e arrogância”, e que “fatos provam que os EUA é a maior ‘mão negra’ por trás da interferência Hong Kong“.

No entanto, por um lado os norte-americanos estão em guerra comercial com a China e por outro um dos textos aprovados exige que o governo dos EUA reveja anualmente o status da parceria comercial com Hong Kong.

Trump desagrada China e assina projeto de lei em apoio a Hong Kong

O presidente norte-americano assinou na última quarta-feira (27), um projeto de lei que expressa o apoio dos EUA aos manifestantes de Hong Kong. A medida vai contra as relações com a China e complicará os esforços para o fim da guerra comercial com Pequim.

A Casa Branca informou em comunicado que Trump assinou a legislação que pode impactar disputa comercial, a legislação S.1838, exige revisões anuais do status comercial especial de Hong Kong sob a lei norte-americana.

Confira Também: Guerra comercial: Trump diz estar na “fase final” de acordo com China

Além disso, estão inclusas sanções contra quaisquer funcionários que sejam considerados responsáveis por violações dos direitos humanos ou prejudicar a autonomia de suas respectivas cidades.

A Câmara norte-americana aprovou o projeto de lei 417-1 no dia 20 de novembro após o Senado tê-lo aprovado sem oposição, a grande maioria à prova de veto o que deixou Trump com pouca escolha a não ser concordar com o projeto.

Membros de ambos partidos no Congresso expressaram forte apoio a manifestantes que clamam por mais autonomia para a cidade. Até então, Trump ficou em grande parte silencioso, mesmo após manifestantes terem sido recebidos com forte violência policial.

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O líder da maioria no Senado, Mitch McConnell, republicano de Kentucky, pediu ao presidente que se pronunciasse, afirmando na semana passada que “o mundo deveria ouvir diretamente dele que os Estados Unidos estão ao lado” dos manifestantes.

“Estamos com eles. Eu tenho um relacionamento muito bom, como vocês sabem, com o presidente da China. Estamos na fase final de um acordo muito importante, acho que você poderia dizer que um dos acordos mais importantes do comércio de todos os tempos. Está indo muito bem, mas, ao mesmo tempo, queremos que tudo corra bem em Hong Kong“, disse Trump.

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Poliana Santos

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