Braskem (BRKM5) derrete na bolsa após revisão de analistas; veja
Em novo parecer sobre as ações da Braskem (BRKM5), analistas do BTG Pactual destacaram sua visão negativa para as ações, cortando projeções de Ebitda (Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) e rebaixando a recomendação para neutra. Com o movimento, as ações caíram 4,11% nesta quarta (20).
Cotação BRKM5
Além disso, o preço-alvo foi cortado agora para R$ 26. Os especialistas estimam uma recuperação dos spreads pior do que era esperada para a Braskem, impactando diretamente o panorama financeiro da empresa.
As projeções de Ebitda foi cortada em 59% para este ano e 38% para o ano que vem.
“Nosso novo preço-alvo de R$ 26 por ação BRKM5 reflete menor geração de caixa para os próximos dois anos, um WACC denominado em US$ de 10,4% e um múltiplo de saída de 5x EV/EBITDA (o mesmo que antes) para um Ebitda de meio ciclo de US$ 2,5 bilhões”, diz o BTG.
Apesar de terem começado o ano otimistas com as ações da Braskem, acreditando em uma demanda global mais forte e um aumento na oferta de resinas, agora os analistas dizem que “ainda não é tarde para o rebaixamento”.
“O crescimento da demanda é apenas abaixo das nossas expectativas, mas o crescimento da oferta mais do que compensou isso, e o mercado está agora com excesso de oferta. Os spreads da Braskem não se recuperaram (na verdade, permanecem em níveis muito baixos), e o 2S23 poderá ser ainda mais fraco que o 1S23”, destaca o BTG.
“Apesar de prever um grande melhoria em 2024, ainda vemos as ações sendo negociadas em múltiplos mais elevados do que os pares. Assim, apesar do fraco desempenho no LTM (-22%), estamos rebaixando as ações da companhia para Neutro e acreditam estar posicionados a montante da cadeia de abastecimento ou investir em pares mais baratos oferecem uma relação risco-recompensa mais convincente”, completa.
Braskem subiu na segunda
Balizadas por notícias de bastidores sobre a compra da fatia da Novonor, as ações da Braskem subiram mais de 5% no intradia da segunda (18).
Com isso, os papéis somam 20% de alta nos últimos seis meses.
As informações são de que Lula e representantes do governo teriam avaliado a proposta da Apollo/ADNOC como as mais viável, já que através da participação da Petrobras (PETR4) na Braskem, a União terá um novo sócio na companhia.