Ibovespa cai 0,82% com cautela dos investidores frente às eleições
O Ibovespa fechou a sexta-feira com desvalorização de 0,82% com 79.342 pontos. No mercado interno os investidores ficaram de olho na noticia da Revista Veja contendo alegações contra o candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL) e também na Folha de S.Paulo que conseguiu o direito de entrevistar o ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva, preso em Curitiba por lavagem de dinheiro. Além disso, o mercado acompanhou a mais recente pesquisa eleitoral realizada pela XP/Ipespe.
Segundo a assessoria da Reuters, o ministro do STF Ricardo Lewandowski deu o direito ao jornal Folha de S.Paulo de entrevistar Lula, que está preso na Policia Federal de Curitiba – PR. O direito de entrevista foi dado dentro da Lei da Informação.
A revista Veja publicou em sua capa uma matéria informando que Cristina Bolsonaro, ex-mulher de Jair Bolsonaro processou o candidato à Presidência em 2008 por não partilha justa dos bens. O documento contém mais de 500 páginas Na semana passada a Folha de S.Paulo informou que Cristina, que mora hoje na Noruega, havia sido ameaçada de morte pelo candidato do PSL.
Com pouco mais de uma semana para a população ir às urnas, a última pesquisa eleitoral promovida pela XP/Ipespe, hoje, mostra um cenário que já é familiar para quem anda acompanhando as projeções. Jair Bolsonaro (PSL) ainda lidera no primeiro turno, mas vê Fernando Haddad (PT) se aproximando e até o ultrapassando no segundo.
Segundo o levantamento, Bolsonaro tem 28% das intenções de voto, mesma marca de uma semana atrás. Haddad, no entanto, cresceu 5 pontos, e agora aparece com 21% das intenções.
Ambos os candidatos estão distantes do resto, visto que Ciro Gomes (PDT) tem 11%, a mesma marca da semana passada, Geraldo Alckmin (PSDB) cresceu de 7% para 8%, e Marina Silva (Rede) aparece com 5%, pouco à frente de João Amoêdo (Novo, 3%) e Álvaro Dias (Podemos, 2%). A candidata já chegou a estar 7 pontos atrás de Bolsonaro – agora, são 23.
Na simulação de segundo turno, Haddad aparece pela primeira vez à frente de Bolsonaro, numericamente, ainda que tecnicamente empatados. O petista aparece com 43% das intenções de voto, contra 39% do deputado, no limite da margem de erro.
Bolsonaro aparece em empate técnico também contra Geraldo Alckmin, numericamente perdendo do ex-governador por 3 pontos, e Marina Silva, contra quem tem vantagem numérica de 4 pontos. Contra Ciro Gomes, o cenário é de derrota do deputado, por 43% a 35%.
No caso de um enfrentamento entre Alckmin e Haddad, o candidato do PSDB aparece com 38% das intenções de voto contra 35% do petista, primeira vez em que aparece um empate técnico nesse confronto.
No campo da rejeição, Marina é líder, com 68% dos eleitores dizendo que não votariam nela de jeito nenhum. Depois, Alckmin com 61%, Bolsonaro e Haddad com 60%, e Ciro Gomes com 54%. Álvaro dias tem 53% de rejeição.
No cenário externo, as decisões do governo italiano ajudaram a derrubar as bolsas de todo o mundo. A coalização do atual governo, formado pelos partidos Movimento 5 Estrelas e o partido de extrema-direita Liga, disse que o déficit público para 2019 deve ser de 2,4% do PIB, isto é três vezes mais do que o definido pela antiga gestão e 1 ponto percentual a mais do acordo firmado com a União Europeia. Vale lembrar que o teto estipulado do déficit público pela União Europeia é de 3%.
Os investidores se surpreenderam com a notícia e fugiram do Titulo de dez anos da Itália que viu o juros aumentar 0,26 ponto percentual. A bolsa de Milão fechou com desvalorização de 3,72%, puxados pelos bancos, como por exemplo, o Intensa Sanpaolo que teve queda de 8,44%.