Como investir em fundos de infraestrutura e gerar renda todos os meses?

A infraestrutura é um dos setores que demandam mais investimentos no país. Por meio dos fundos do tipo FI-Infra e FIP-IE, os investidores podem investir em um dos segmentos mais perenes da economia, com renda mensal isenta de imposto de renda.

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Samuel Santos, gestor do FIP-IE da AZ Quest, AZQI11, disse no evento XP Expert, no dia 1º de setembro, que os investimentos em infraestrutura, diferente dos tradicionais, são focados em ativos reais. “Em todo o processo de análise dos ativos, a gestora vai a campo para estudar o negócio e tomar a decisão de investimento”.

De igual modo, Vitor Duarte, CIO da Suno Asset e responsável pelo FI-Infra SNID11, disse ao Suno Notícias que a necessidade constante de crescimento do setor de infraestrutura transforma os FI-Infra em veículos importantes para o financiamento de áreas estratégicas para o país, além de gerar ganhos ao investidor.

Mas como o investidor pessoa física pode “tirar vantagem” do setor e obter renda mensal?

Os FIP-IE são boas opções para investir no setor

Os fundos FIP-IE são fundos de investimento em participações em empresas de infraestrutura. Esse tipo de veículo investe em projetos como rodovias, aeroportos, portos, entre outros.

As vantagens de investir em FIP-IE incluem a possibilidade de participar de projetos que, normalmente, exigem um grande investimento inicial, além de receber rendimentos atraentes a longo prazo. Existem fundos, como o AZQI11, que o ativo custa cerca de R$ 10.

Samuel Santos lembra que, no Brasil, existe um “gap enorme” de infraestrutura, com estradas mal pavimentadas, um gargalo portuário muito grande e déficit energético.

Neste contexto, o FIP-IE financia projetos de empresas do setor, remunerando o investidor com os juros da dívida cedida às empresas de infraestrutura. O gestor afirma que o AZQI11 “procura empresários com bom histórico e que precisam de financiamento adequado para poder desenvolver seus projetos”.

De preferência, o fundo “tenta se posicionar em setores que dependem de uma demanda real e estão mais blindados do aspecto político”. Esses investimentos são feitos através de debêntures, que possuem isenção de imposto de renda em seus rendimentos.

Investir nos fundos do tipo FI-Infra

Além dos FIP-IEs, os investidores podem investir em outros fundos de infraestrutura listados em bolsa, os FI-Infra.

Com alocações em debêntures incentivadas, os fundos do tipo FI-Infra possuem uma dupla isenção de imposto de renda, tanto nos rendimentos mensais quanto na venda da cota com lucro.

Outro fator importante é a questão do risco. O gestor da Suno Asset lembra que o FI-Infra é um fundo de renda fixa e por isso, não pode tomar muitos riscos.

“Os fundos de infraestrutura não podem comprar ações ou participações em empresas. Por isso, eles tendem a ter menor volatilidade quando comparados a outros ativos de renda variável”, afirma Duarte.

Portanto, o FI-Infra é interessante para quem está começando na Bolsa, uma vez que a variação do preço é bem menor que em ações de empresas. Atualmente, a maioria dos FI-Infra possui títulos que remuneram o investidor com um prêmio acima da inflação.

“Quando você compra uma ação, ele não sabe quanto vai ser o dividendo. No caso do FI-Infra, já existe uma remuneração pré-determinada. Em sua essência, você está investindo em algo com maior previsibilidade, mais estável, e as ações são mais voláteis”, finaliza o gestor do SNID11.

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Gustavo Bianch

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