Dólar renova mínimas em manhã de alívio com notícias da China

O dólar iniciou a semana em queda, renovando mínimas nas primeiras horas desta segunda-feira (11), em consonância com uma tendência de enfraquecimento da moeda americana que parece estar se consolidando nos mercados internacionais.

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O otimismo imperante é amplamente alimentado pelas notícias vindas da China, onde medidas de estímulo ao crédito e a promessa de combate à instabilidade do yuan trouxeram alívio aos investidores.

No entanto, a queda acentuada da cotação do dólar suscita análises cautelosas de especialistas.

Fabrizio Velloni, economista-chefe da Frente Corretora, ressalta que, embora as notícias da China sejam positivas, ainda são incipientes para justificar uma queda tão abrupta do dólar. O economista chama a atenção para os recentes aumentos tanto no dólar quanto no petróleo, fatores que podem desencadear novos reajustes nos preços dos combustíveis, o que, por sua vez, poderia pressionar a inflação.

Velloni afirma: “Na véspera da divulgação do IPCA, uma taxa não tão baixa pode levar o Banco Central a optar por um corte menor da taxa Selic, o que favorece a queda do dólar pela atratividade dos juros.”

Às 10h17, a cotação do dólar à vista era de R$ 4,9343, representando uma queda de 0,97%. Enquanto isso, o dólar futuro para liquidação em outubro recuava 1,11%, marcando R$ 4,9505.

O Dollar Index (DXY), que mede a variação do dólar em relação a uma cesta de seis moedas fortes, apresentava uma baixa de 0,45%, atingindo 104,62 pontos.

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Agenda econômica, Boletim Focus e dólar

A agenda econômica da semana reserva indicadores de grande relevância tanto no cenário doméstico quanto internacional, e esses eventos têm o potencial de criar instabilidade nos mercados de câmbio. Um dos indicadores-chave é o IPCA de agosto, amplamente utilizado pelo Banco Central (BC) como referência para as metas de inflação.

Além disso, os próximos dias trarão dados cruciais, como os índices de inflação no varejo (CPI) e no atacado (PPI) dos Estados Unidos. A divulgação da decisão de política monetária do Banco Central Europeu (BCE) na quinta-feira também estará sob escrutínio.

Para iniciar o dia, os investidores monitoraram atentamente o Boletim Focus do Banco Central (BC), que mostrou uma ligeira elevação nas estimativas para o IPCA de 2023 (de 4,92% para 4,93%) e para 2024 (de 3,88% para 3,89%). Em relação ao câmbio, a pesquisa revelou uma elevação das expectativas para 2023, passando de R$ 4,98 para R$ 5,00. Para 2024, o mercado elevou a projeção para o dólar de R$ 5,00 para R$ 5,02.

Com informações de Estadão Conteúdo.

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Camila Paim

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