Via (VIIA3): S&P rebaixa ratings de crédito, com alavancagem acima do esperado

Na última sexta-feira (8), a agência de classificação de risco S&P Global rebaixou os ratings de crédito de emissor e emissão da Via (VIIA3) de ‘brAA-‘ para ‘brA-‘ na Escala Nacional Brasil, com perspectiva da classificação de emissor como negativa, em linha com um cenário desafiador para o setor de varejo e com a alavancagem da companhia ainda acima do esperado.

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“A perspectiva negativa indica uma chance em três de rebaixamento dos ratings e reflete os riscos da indústria de varejo discricionário brasileira, como a queda da renda disponível da população, taxas de juros ainda em patamares elevados e o alto grau de competição, que podem continuar afetando os resultados da Via e a redução da alavancagem que esperamos para 2024 e 2025”, disse a S&P.

A agência atualizou as projeções para a Via após a varejista divulgar os resultados do primeiro semestre de 2023, indicando que a empresa não atingirá as metas de crédito esperadas em sua análise mais recente.

“Os resultados apresentados pela Via no primeiro semestre de 2023 refletem os efeitos do ambiente macroeconômico e os desafios estruturais pelos quais o setor de varejo vem passando, após alguns anos com foco em crescimento de vendas e ampliação da participação do e-commerce nas receitas da empresa”, pontuou a S&P.

Ainda de acordo com a agência, o plano de transformação da Via apresentado ao mercado pode trazer significativa melhora no desempenho operacional e estrutura de capital nos próximos anos.

“Em nossa visão, o plano de transformação impulsiona atributos da empresa, como sua marca reconhecida e com forte apelo emocional, além de suas vantagens competitivas na venda de produtos de ticket médio mais elevado, como uma rede de lojas físicas extensa e linhas de financiamento ao consumidor, que servem como importante alavanca de vendas, fidelização e rentabilidade”.

Entretanto, diz a agência, a desalavancagem da Via deve ser postergada em pelo menos mais um ano em razão do ambiente macroeconômico.

Assim, a S&P disse que ainda pode rebaixar os ratings da Via nos próximos 6 a 12 meses, caso a empresa não seja bem-sucedida na implementação de seu plano de transformação, enfrente concorrência acirrada no varejo, ou, ainda, se a melhora esperada nas condições macroeconômicas demorar mais para se materializar, impactando os gastos discricionários do consumidor.

No mesmo período, a agência informou que também pode alterar a perspectiva para ‘estável’, caso a Via apresente recuperação consistente das margens nos próximos trimestres, levando à desalavancagem esperada.

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Via (VIIA3) lança oferta de ações avaliada em quase R$ 1 bilhão

No início da semana passada, a Via anunciou que vai emitir 778.649.283 ações ordinárias por meio de uma oferta pública primária de ações, o que corresponde a R$ 981 milhões com base no preço de fechamento de R$ 1,26 da véspera.

Adicionalmente, segundo a Via, serão entregues até 622.919.426 bônus de subscrição aos subscritores das ações, que serão ofertados e alocados aos subscritores em lotes de 5 ações.

A fixação do preço por ação será realizada em 13 de setembro, com o início de negociação das ações e dos bônus de subscrição no dia 15. A liquidação ocorre no dia 18 e o crédito dos bônus de subscrição, no dia 19.

“A companhia pretende utilizar a totalidade dos recursos líquidos provenientes da oferta para promover a melhora da estrutura de capital, incluindo o investimento nas cotas subordinadas da operação de FIDC da carteira de crediário“, disse a Via.

Ainda de acordo com a varejista, as ações da oferta primária serão destinadas exclusivamente à colocação perante os acionistas e as ações remanescentes da oferta prioritária (se houver) serão destinadas à colocação perante investidores profissionais.

“Não será admitida distribuição parcial no âmbito da oferta. Assim, caso não haja demanda para a subscrição das ações inicialmente ofertadas por parte dos acionistas e/ou dos investidores profissionais até a data da conclusão do procedimento de bookbuilding, nos termos do contrato de colocação, a oferta será cancelada”, acrescentou.

A oferta terá coordenação do UBS Brasil (coordenador líder), do Bradesco BBIBTG Pactual (BPAC11)Itaú BBA e Santander Brasil (SANB11).

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Via (VIIA3) convoca assembleia para decidir sobre aumento de capital e mudança de nome

A Via convocou pela segunda vez uma assembleia geral extraordinária para votar sobre a alteração do valor máximo do capital social da empresa para até R$ 3 bilhões, além da mudança do nome de Via para Grupo Casas Bahia.

Marcada para esta terça-feira (12), a assembleia será instalada com a presença de qualquer número de acionistas, não sendo necessária a presença de, no mínimo, dois terços do capital com direito ao voto, disse a Via.

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Giovanni Porfírio Jacomino

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