Aura Minerals (AURA33) acerta financiamento de US$ 100 milhões com o Santander (SANB11) para projeto no RN

A Aura Minerals (AURA33) informou nesta quarta (6) ao mercado que seu Conselho de Administração aprovou o início da construção do Projeto Borborema e autorizou a Cascar do Brasil, subsidiária integral indireta da companhia, a contratar uma linha de crédito de aproximadamente US$ 100 milhões junto ao Santander (SANB11). A soma vai financiar parcialmente a construção do Projeto.

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A Aura Minerals, que explora ouro e cobre, começou a operar sua quarta mina e usará esse montante para construir o Borborema, quinto projeto da companhia, em Currais Novos, no Rio Grande do Norte, segundo reportagem do Valor Econômico.

O Projeto Borborema está localizado na região do Seridó, no Estado do Rio Grande do Norte. “Borborema consiste em três concessões de lavra cobrindo uma área total de 29 km² mais o título de propriedade sobre a área principal do prospecto”, explica a companhia.

O Projeto Borborema fica próximo também a Santa Cruz. “O projeto se beneficia da proximidade com a rodovia BR-226 e Natal, que fica a 172 km de distância. A Aura adquiriu o projeto em setembro de 2022 depois que a companhia Xapetuba recuperou cerca de 3.000 kg de ouro. As obras a céu aberto deverão começar no 2T24, a construção no 1T25, visando a primeira extração de ouro no 2T25 e a produção comercial no 3T25E”, diz a XP, em relatório sobre a Aura.

“O Projeto Borborema é uma mina a céu aberto potencialmente até 300 metros abaixo da superfície, pelo menos. A operação será estagiada para maximizar os retornos e a Fase 1 terá uma vida útil inicial de 10 anos antes da expansão”, acrescenta, em texto no site da companhia.

Presidente e CEO da Aura, Rodrigo Barbosa diz no fato relevante publicado hoje na Comissão de Valores Mobiliários (CVM): “Nossa prioridade é desenvolver os nossos projetos o mais rápido possível, garantindo o maior retorno para os nossos acionistas. Adquirimos Borborema, um projeto disruptivo, e em apenas 9 meses de estudos já avançamos em sua construção e seu financiamento.”

Ele completa: “Os retornos previstos para Borborema são excepcionais, com TIR (taxa interna de retorno) de 40,8%, após impostos, quando considerados os preços do consenso para o ouro. Se utilizarmos o preço do ouro a US$ 1.900 por onça, a TIR após impostos do projeto alcança 52%. Nas projeções atuais, ainda não incluímos o potencial de aumento de reservas que teremos com a movimentação da estrada federal que corta nossas áreas.”

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Barbosa diz ainda que o projeto de Almas, no Tocantins, construído dentro do orçamento e prazo previstos, “dá confiança de que teremos resultados ainda melhores em Borborema, assim como em Matupá (MT), onde o processo de licenciamento já está avançado e a construção deve ser iniciada no ano que vem”

A empresa afirma que o projeto da Aura Minerals utilizará em sua operação água de reuso de uma cidade próxima, além de energia renovável.

Segundo o comunicado da Aura Minerals, o financiamento do projeto Borborema terá as seguintes condições:

  • prazo vencimento de cinco anos, com início do pagamento do principal após o período de carência de 24 meses;
  • garantia integral pela Aura Minerals;
  • covenant de relação Dívida Líquida e Ebitda (Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização do Projeto não superior a 1,5x, medida após o término do
    período de carência.

A Aura Minerals lembra que espera concluir a construção do Projeto Borborema e iniciar a produção da unidade no início de 2025.

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Marco Antônio Lopes

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