Após 10 meses de perdas, fundos multimercados fecham agosto no lucro

Após 10 meses no vermelho, amargando perdas diante da atratividade dos investimentos em renda fixa, os fundos multimercados ensaiaram uma recuperação no mês de agosto, mostrou um levantamento realizado pela plataforma de informações financeiras Comdinheiro/Nelogica e publicado pelo jornal Valor Econômico.

https://files.sunoresearch.com.br/n/uploads/2023/03/1420x240-Controle-de-Investimentos.png

O levantamento mostrou que até o dia 30 de agosto os fundos multimercados registraram o primeiro mês no azul desde outubro de 2022, com saldo de R$ 8,7 bilhões.

Os fundos de renda fixa tiveram captação líquida de R$ 36,6 bilhões, a maior desde março de 2022, enquanto os fundos de ações tiveram o resultado mais fraco, mas também no campo positivo, o primeiro desde setembro de 2021, com R$ 637,1 milhões.

Os números refletem um movimento de busca de alternativas por parte do investidor, que desde o início do ano estava concentrado em títulos bancários isentos de Imposto de Renda.

https://files.sunoresearch.com.br/n/uploads/2022/06/Banner-Noticias-1000x325-1.jpg

Durante os seis primeiros meses de 2023, a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) apurou que foram investidos R$ 149 bilhões para esses títulos, enquanto os fundos perderam R$ 205 bilhões.

O movimento segue uma tendência já apontada de que o investidor busca “apimentar” seu portfólio pouco a pouco, mantendo posição em renda fixa, que ainda paga um retorno interessante com o CDI, mas buscando colocar um pé em outros ativos com um pouco mais de volatilidade.

A intensidade desse movimento de migração, no entanto, é vista com cautela, pois depende da velocidade que o Banco Central vai adotar nos próximos cortes da taxa Selic, além de se buscar saber a magnitude dos cortes e qual a taxa ideal na cabeça dos membros do Copom.

A próxima reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central, que decidirá os rumos da Selic, será realizada nos dias 19 e 20 de setembro. Referência para os demais juros da economia brasileira, a taxa Selic hoje é de 13,25% ao ano, definida na reunião do dia 2 de agosto, quando houve o primeiro corte após dois anos, de meio ponto percentual.

https://files.sunoresearch.com.br/n/uploads/2023/04/1420x240-Planilha-vida-financeira-true.png

Allan Ravagnani

Compartilhe sua opinião

Receba atualizações diárias sobre o mercado diretamente no seu celular

WhatsApp Suno