General Motors abre processo contra a Fiat Chrysler
A General Motors anunciou, nesta quarta-feira (20), que entrou com um processo contra a Fiat Chrysler. A montadora norte-americana acusa a companhia e alguns de seus principais executivos de corrupção.
Segundo a General Motors, a Fiat Chrysler participou de esquemas de corrupção envolvendo a United Auto Workers (UAW). A UAW é um sindicato que representa trabalhadores do setor automobilístico nos Estados Unidos e no Canadá.
A montadora afirmou que a empresa ítalo-americana interferiu no processo de negociação coletiva do sindicato em 2009, 2011 e 2015. Com isso, a companhia teria obtido vantagens relacionadas ao custo de mão de obra.
“A manipulação do processo de negociação coletiva pela Fiat resultou em custos trabalhistas injustos e vantagens operacionais, causando danos à GM”, afirmou o diretor jurídico da empresa, Graig Glidden.
De acordo com a GM, o esquema de corrupção foi organizado por meio do antigo presidente-executivo da UAW, Sergio Marchionne, que morreu no ano passado.
O processo também menciona Alphons Iacobelli, ex-chefe de relações trabalhistas da Fiat, e dois ex-funcionários, Jerome Durden e Michael Brown. Em uma investigação pública realizada em julho de 2017, os três executivos se declararam culpados.
Na época desta investigação, os promotores apuravam se os executivos da Fiat trabalharam para manter os funcionários do UAW “gordos, burros e felizes”. Segundo a empresa ítalo-americana, somente um grupo específico de funcionários agiu com má conduta para obter benefícios próprios.
Atualmente, a Fiat possui uma vantagem de US$ 8 por hora no pagamento de seus funcionários em relação a GM.
Fusão da Fiat Chrysler com a Peugeot
Na última terça-feira (19), os sindicatos que representam funcionários da Peugeot PSA afirmaram ser a favor da proposta de fusão com a Fiat. O negócio entre as duas empresas irá formar um grupo automotivo avaliado em US$ 50 bilhões, segundo a montadora francesa.
Saiba mais: Sindicatos da Peugeot aprovam fusão da empresa com Fiat Chrysler
No entanto, os sindicatos asseguraram que, assim que o acordo de fusão for assinado, eles irão atrás de mais informações sobre os plano da joint-venture. O grupo PSA informou que todos os representantes sindicais que estiveram em uma reunião do conselho de administração da empresa votaram a favor da fusão com a montadora ítalo-americana.
“Continuaremos vigilantes sobre o impacto social e aguardamos uma imagem mais clara e detalhada das implicações do plano para as fábricas, volume e quanto trabalho será dado às fundições”, afirmou Franck Don, representante do sindicato CFTC, sobre a fusão entre a Fiat Chrysler e a Peugeot.