Dólar abre em nova alta atento à reforma tributária e disputa comercial
Após bater a máxima histórica nominal desde o Plano Real, o dólar abre esta terça-feira (19) em nova alta.
Por volta das 9h20, o dólar operava em alta de 0,136% sendo cotado a R$ 4,2111. O mercado está de olho na tramitação da reforma tributária.
Além disso, os investidores permanecem atentos à guerra comercial e novas decisões do STF.
Reforma tributária
De acordo com o jornal “O Estado de S.Paulo”, o governo de Jair Bolsonaro deve encaminhar ao Congresso, até o final do ano, a proposta da reforma tributária. No entanto, o texto foi ciriticado pelo presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, Segundo ele, a unificação do PIS e do Cofins “não passará. Esse assunto está parado há dois anos”.
O jornal “Valor Econômico” salienta que a reforma do PIS/Cofins foi levantada no governo de Michel Temer, mas enfrentou entraves do setor de serviços porque elevaria a carga tributária. Dessa forma, segundo Maia, esse ponto seguirá travando o projeto. Entre os parlamentares, existe a expectativa de que o governo envie sugestões aos textos da reforma tributária já em debate no Congresso.
Disputa comercial
A Xinhua, a agência estatal de notícias da China, divulgou no último domingo (17) que o país asiático e os Estados Unidos tiveram “negociações construtivas”.
Os representantes discutiram as questões centrais da primeira fase de um possível acordo comercial entre as duas maiores potências do planeta. Além disso, ambos os países concordaram em manter uma comunicação próxima.
Confira: China e EUA tiveram negociações construtivas sobre acordo comercial
No entanto, o ex-conselheiro econômico da Casa Branca, Gary Cohn, disse à CNBC, na última segunda-feira (18), acreditar que o presidente Trump seguirá em frente com as tarifas no dia 15 de dezembro se os EUA e a China não chegarem a um acordo comercial até então.
STF
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, invalidou parte de sua decisão que solicitou à Unidade de Inteligência Financeira (UIF), do Banco Central, antigo Coaf, cópia dos relatórios de inteligência expedidos desde 2016. A decisão poderia fazer com que dados financeiros de 600 mil empresas e pessoas foram revelados.
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No processo, Toffoli afirmou que tomou a decisão após informações prestadas mais cedo pelo procurador-geral da República, Augusto Aras, sobre o assunto. De acordo com o procurador, o Ministério Público cumpre a legislação no acesso às informações financeiras suspeitas e refutou qualquer tipo de “devassa” nos dados de cidadãos.
Última cotação do dólar
Na última sessão, na segunda-feria (18), o dólar encerrou em alta de 0,303%, negociado a R$ 4,2061.