Ambev anuncia saída de seu presidente-executivo em 2020
O presidente-executivo da Ambev, Bernardo Paiva, anunciou que decidiu renunciar ao seu cargo na cervejaria para buscar projetos pessoais.
Em comunicado, a Ambev declara que oposto será ocupado pelo atual diretor de vendas e marketing, Jean Jereissati Neto, que acumulará a função, a partir de 1 de janeiro de 2020.
Jornada de Paiva na Ambev
Paiva ficou na Ambev durante 28 anos, começou na cervejaria em 1991 como gerente-trainee e permaneceu na posição de presidente-executivo desde 2015.
Já o presidente que assumirá, Jereissati Neto, é administrador formado pela Fundação Getúlio Vargas. O executivo chegou à Ambev em 2000 e já ocupou posições como diretor geral para a América Central e Caribe e diretor geral da Ásia e Pacífico Norte na Anheuser-Busch InBev, que controla a Ambev.
A renuncia ocorre em meio ao momento complicado que a Ambev vem enfrentando, sofrendo uma competição no Brasil, entre as empresas competidoras está a Heineken, em um ambiente de economia fraca, o que pressiona negativamente as vendas da companhia.
O vice-presidente financeiro da Ambev, Fernando Tennenbaum, havia afirmado no fim de outubro que descontos promovidos por alguns competidores causaram uma queda nos volumes de venda de cerveja da companhia no terceiro trimestre, o que ocasionou uma redução na participação de mercado da Ambev no País.
Resultados no 3T19
A Ambev registrou lucro líquido de R$ 2,604 bilhões no terceiro trimestre de 2019, uma queda de 9,7% em comparação ao igual período do ano passado. A companhia informa que isso se deve ao fato das vendas no Brasil terem diminuído e os custos e despesas gerais, entre julho e setembro, terem aumentado.
Mesmo menor do que o do ano passado, o resultado ficou perto do que era esperado por especialistas. A receita líquida da companhia no trimestre teve alta de 8,1% na comparação anual, para R$ 11,96 bilhões, enquanto os volumes cresceram 0,8% na mesma base comparativa, para 37,8 milhões de hectolitros. Dessa forma, a receita por hectolitro aumentou em 7,2%.
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O custo total de produtos chegou a R$ 5,23 bilhões, um avanço de 19,8% em comparação ao terceiro trimestre do ano passado. O valor foi influenciado, principalmente, por pressões inflacionárias na Argentina, taxa de câmbio e preços mais altos de commodities.
O Brasil é o segundo o maior mercado da AB InBev, controladora da Ambev. O País só perde para os Estados Unidos. Os volumes de venda por aqui diminuíram em aproximadamente 3% depois de reajuste de preços.