Shein fecha acordo com dona da Forever 21 e adquire um terço da empresa

A varejista Shein e o grupo Sparc, dono de marcas como Forever 21, Nautica e Reebok, anunciaram na última quarta-feira (24) um acordo que envolve a troca de participação acionária entre as companhias, a venda de produtos da Forever 21 no site e no aplicativo da Shein, além da venda de produtos da varejista asiática nas lojas físicas da Forever 21.

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De acordo com um comunicado assinado pelas duas empresas, o principal objetivo é atender à demanda nos Estados Unidos e em outros países ao redor do mundo por moda acessível e de qualidade.

No acordo, a Shein adquiriu uma participação de aproximadamente um terço do Grupo Sparc, joint venture que inclui os grupos Authentic Brands e o Simon Property. A Sparc, por sua vez, passou a ser um acionista minoritário da varejista.

Além de potencializar ainda mais o crescimento das marcas da joint venture, a parceria também espera expandir o alcance da Forever 21, levando ainda mais variedade de produtos aos clientes da Shein, que possui, atualmente, 150 milhões de usuários no site e aplicativo.

“Estamos muito felizes com a parceria, pois a Shein reflete nossos objetivos em comum de oferecer moda acessível e de qualidade”, afirmou Marc Miller, CEO do Grupo Sparc, no comunicado. “Trabalhando juntos, teremos a oportunidade de oferecer produtos ainda mais inovadores para os amantes da moda em todo o mundo”, completou.

“A Shein tem o prazer de receber o Grupo Sparc como parceiro estratégico e acionista minoritário. Estamos animados em buscar novas maneiras de atrair nossos clientes por meio do potencial dessa parceria”, comentou Donald Tang, presidente executivo da Shein. “A liderança de Simon no varejo físico, a experiência em desenvolvimento de marca da Authentic e o modelo de negócios sob demanda da Shein nos ajudam a impulsionar um crescimento escalável e, juntos, podemos tornar a beleza da moda ainda mais acessível a todos”, acrescentou.

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Shein, Shopee e Amazon (AMZO34): importações de sites saltam para 150% em cinco anos

Shein, AliExpress, Wish, Shopee e Amazon (AMZO34). Segundo um levantamento da Receita Federal, as compras de comércio eletrônicos por esses e outros sites viraram as queridinhas dos brasileiros. As aquisições de “cross border” (negócios com produtos de diferentes países) registrou um aumento de 150% nos últimos cinco anos, destacou a RF.

Em volume, apenas em 2022 foram mais de 176 milhões de itens importados entre tributáveis e isentos (como cartas e documentos).

Logística de plataformas como Amazon e Shein

Com uma demanda tão alta, lojas e-commerce como a Shein, Amazon e Shopee precisam de estruturas de logística complexas, que envolve empresas ligadas ao transporte de cargas por terra e ar, para que as encomendas atravessem mais de 16 mil quilômetros entre a China e o Brasil na maior velocidade possível.

Em meio à disputa do frete rápido e para acomodar os produtos vendidos e entregá-los, as empresas do setor têm adotado diversos recursos:

  • Galpões enormes como centros de distribuição;
  • Serviços de empresas de logística internacional;
  • Ampliação da frota própria de aviões.

Marca de e-commerce do gigante chinês Alibaba (BABA34), o AliExpress tem no Brasil uma das suas principais operações no mundo, o que fez com que a companhia precisasse ampliar a sua malha logística por aqui. A empresa começou o ano de 2021 com cinco voos semanais, e em agosto de 2022 anunciou a ampliação para oito viagens na semana.

Sem uma frota própria, a Shein utiliza os serviços de empresas de transporte de cargas e já anunciou que irá aumentar os investimentos no Brasil, principalmente com a nacionalização da produção, alternando entre o seu polo integral na China. Além da parceria com as fábricas da Coteminas (CTNM4), a chinesa também se uniu à plataforma de entregas Pegaki para escoar a produção local.

A empresa informa que tem cinco centros de distribuição, que somam cerca de 200 mil metros quadrados de área de armazenamento, o equivalente a 18 campos de futebol. São armazenados tanto itens produzidos no Brasil quanto os trazidos da China. Com 164 unidades já em operação, a expectativa da Shein é chegar à marca de 2 mil unidades fabris no País nos próximos anos.

Com informações de Estadão Conteúdo.

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Giovanni Porfírio Jacomino

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