“É hora de tomar mais risco nos investimentos, mas sem pressa”, afirma gestor da AZ Quest
Com o cenário macroeconômico mais claro para os próximos meses, está na hora de adicionar mais risco aos investimentos. Com a inflação e a taxa Selic em tendência de queda, “apostar” em ativos de renda variável pode ser uma boa opção para o investidor, mas com prudência.
Na visão do gestor de Macro e Renda Fixa da AZ Quest, Gustavo Menezes, sim, é hora de adicionar risco aos investimentos, mas é preciso lembrar que os juros ainda estão com taxas elevadas. A inflação já caiu, e os cortes da Selic são feitos a cada 45 dias, ainda mantendo os juros em patamares de dois dígitos.
Por isso, Menezes acredita que não dá para “sair desesperado comprando risco, pois o juro vai seguir restritivo, atualmente em 13,25%”. O Banco Central deixou claro que segue sua estratégia, uma vez que a inflação não está totalmente sob controle.
Investimentos com maior dose de risco
Mesmo com os cortes previstos, a taxa Selic deve fechar o ano para 11,75% para depois caminhar para 9,5% a 9% no fim de 2024, mas com uma inflação entre 3,5% e 4%. Ou seja, o juro real vai se manter elevado.
Foi exatamente essa adição de risco de forma progressiva durante o ano que trouxe bons resultados aos fundos multimercados da AZ Quest, comenta o gestor. “A beleza do fundo multimercado é essa: proteger o portfólio quando a situação não está muito clara, e ir dosando o risco conforme a conjuntura permite”, comenta.
Os fundos da AZ Quest focaram em renda fixa no primeiro semestre, via juros nominais aplicados e juros reais de longo prazo. Agora, o gestor vê boas oportunidades em renda variável, sendo adicionado aos poucos nas carteiras.
“Em bolsa, a gente operou através de índices, diluindo os riscos setoriais, mas uma vez que a bolsa avance, por uma questão conjuntural, vamos começar a analisar as questões setoriais para aumentar os ganhos com os fundos de investimentos. Até o momento, achamos que os índices têm mais a ganhar”, finalizou o gestor.