Ibovespa fecha em forte alta, aos 118 mil pontos; Petrobras (PETR4) e Vale (VALE3) disparam
O Ibovespa fechou em alta de 1,7%, aos 118.134 pontos nesta quarta-feira (23) , impulsionado pelas ações de Vale (VALE3) e da Petrobras (PETR4).
As ações preferenciais da Petrobras (PETR4) fecharam com alta de 4,54% e as ordinárias (PETR3), com avanço de 5,04%. Os papéis da Vale (VALE3) saltaram 1,09%.
No radar dos investidores
O mercado repercute a votação e aprovação do arcabouço fiscal na noite anterior, cujo texto segue agora para a sanção presidencial. A votação foi expressiva, com 379 votos a favor e 64 contrários. O texto aprovado retira algumas classes de gasto, como o Fundeb fora do limite estabelecido pelo novo regime fiscal.
Nesta quarta-feira (22), está prevista a votação do projeto do Carf no Congresso, além de outras pautas como a Medida Provisória do salário-mínimo e a medida que visa ajustar a correção da tabela do Imposto de Renda (IR).
“Com a agenda do governo no Congresso sendo destravada, a tendência na nossa visão é de que os ativos consigam se recuperar, tal como ocorreu na sessão de ontem quando o Ibovespa fechou em alta de mais de 1,5%”, disse a Guide Investimentos.
O mercado também acompanha a reunião dos Brics, em Johanesburgo. Nesta quarta, o presidente Lula disse que uma moeda comum para transações comerciais entre os países do grupo reduziria as vulnerabilidades dessas nações.
Nos Estados Unidos, Wall Street aguarda a divulgação do resultado da Nvidia (NVDA34) no fechamento da sessão, além de uma nova série dos números de flash PMI dos EUA.
Maiores altas e baixas do Ibovespa
- Maiores Altas
- Maiores Baixas
Dólar cai com aprovação de arcabouço e PMI dos EUA no radar
O dólar opera em queda na manhã desta quarta-feira (23), com o mercado repercutindo a aprovação final do arcabouço fiscal no plenário da Câmara, na noite anterior. A queda persistente dos rendimentos dos Treasuries longos nos EUA contribui para o alívio do dólar e também dos juros futuros durante a manhã.
Perto das 10h30, o dólar caía 0,19%, a R$ 4,935.
No câmbio, o dólar reduziu a perda intradia e passou a oscilar mais perto da estabilidade, diante da valorização do índice DXY em relação a outras moedas principais, após dados de PMIs fracos na Europa, que pressionam euro e libra. O sinal é de alta ainda frente a várias divisas emergentes ligadas a commodities em meio à queda do petróleo.
Continua a haver dúvidas sobre a força da demanda por commodities, diante de cautela ainda com a desaceleração da China e perspectivas de manutenção de juros restritivos nos EUA por mais tempo, segundo operadores do mercado.
Bolsas asiáticas operam sem direção única
Os mercados acionários da Ásia operaram sem direção única nesta quarta-feira (23). A Bolsa de Xangai caiu mais de 1%, estendendo perdas recentes em meio a dúvidas sobre o ritmo da economia da China, mas Tóquio subiu, com alguns setores puxando ganhos, como concessionárias.
A Bolsa de Xangai fechou em queda de 1,34%, em 3.078,40 pontos, e a de Shenzhen, de menor abrangência, caiu 1,96%, para 1.901,85 pontos. Sinais de que a economia da China desacelera e enfrenta quadro de deflação pesam no sentimento, com operadores à espera de ações de apoio de Pequim.
Na Bolsa de Tóquio, o índice Nikkei registrou alta de 0,48%, a 32.010,26 pontos, com concessionárias e siderúrgicas entre as ações que exibiram ganhos.
Em Hong Kong, o índice Hang Seng subiu 0,31%, a 17.845,92 pontos e na Coreia do Sul, o índice Kospi registrou baixa de 0,41% em Seul, a 2.505,50 pontos. Na Oceania, na Austrália, o índice S&P/ASX 200 fechou em alta de 0,38%, em 7.148,40 pontos.
Cotação do Ibovespa nesta terça (22)
O Ibovespa encerrou o pregão de ontem (22) com ganhos de 1,51%, aos 116.156,01 pontos, maior alta diária desde 21 de julho.
Com informações de Dow Jones Newswires e Estadão Conteúdo.