123 Milhas suspende venda de passagens promocionais e investigação é solicitada; Entenda o caso
A 123 Milhas suspendeu a venda e emissão de passagens da linha “Promo” nesta sexta-feira (18), que tinham datas flexíveis de viagens. Os afetados não foram apenas os que ainda queriam aproveitar a linha promocional, mas também os que já haviam comprado.
Neste sábado (19), o Ministério do Turismo informou que um pedido de apuração do caso da 123 Milhas foi feito ao Ministério da Justiça e Segurança Pública.
Os compradores de pacotes promocionais da 123 Milhas e que ainda não receberam suas passagens terão direito a um voucher com valor corrigido monetariamente a 150% do CDI, superando a taxa básica de juros e inflação atuais.
Essa medida vale para quem já comprou pacotes com viagens previstas para algum mês entre setembro e dezembro de 2023. Por outro lado, as viagens serão mantidas aos que já compraram o pacote e tiveram o recebimento de sua passagem.
Esse valor do voucher poderá ser usado pelo cliente para comprar outros pacotes e passagens da 123 Milhas, de modo que cada um dos casos será explicado pela empresa.
Apesar disso, a suspensão das vendas promocionais acabou não agradando o público, que se manifestou em suas redes sociais criticando a agência de viagens. Uma das críticas feitas por consumidores foi justamente sobre o envio do voucher.
Alguns clientes passaram a dizer que não vão aceitar um voucher para uso em outras aquisições, mas que desejam que a devolução da quantia paga seja feita em dinheiro.
A empresa disse que a suspensão da venda de passagens da linha promocional foi motivada por fatores que estão fora de seu controle, em razão de circunstâncias adversas de mercado.
“Devido à persistência de circunstâncias de mercado adversas, alheias à nossa vontade, a linha PROMO foi suspensa temporariamente e não emitiremos as passagens com embarque previsto de setembro a dezembro de 2023”, informou a empresa.
Ministério do Turismo pede investigação do caso da 123 Milhas
Após o caso da 123 Milhas ganhar uma maior proporção, o Ministério do Turismo solicitou ao Ministério da Justiça e Segurança Pública para que o caso fosse apurado, considerando a situação como “grave”.
“O Ministério do Turismo já acionou o Ministério da Justiça e Segurança Pública para que, por meio da Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), avalie a instauração de um procedimento investigativo que esclareça as razões de tais cancelamentos, identifique todos as pessoas atingidas e promova a reparação de danos a todos os clientes prejudicados”, informou a pasta em nota.
A averiguação do caso deve ser feita pela Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), que faz parte do Ministério de Justiça e Segurança Pública. Assim, a 123 Milhas deverá informar os motivos do cancelamento e reparar os eventuais danos causados aos consumidores.