Natura (NTCO3) tem ‘último capítulo’ de venda da Aesop; veja

A Natura (NTCO3) divulgou, nesta quarta-feira (16), que obteve todas as aprovações regulatórias necessárias e antitruste para conseguir finalizar sua transação de venda da Aesop à L’Oréal.

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“O fechamento da transação deverá ocorrer nos termos do contrato de compra e venda de ações celebrado entre as partes”, diz a Natura, em seu comunicado.

A Aesop é uma empresa australiana que fabrica produtos para a pele, corpo e cabelo, com um mix de ingredientes botânicos e desenvolvidos em laboratórios, sendo adquirida pela Natura em meados de 2012, pela cifra de US$ 70 milhões.

A venda da Aesop consiste em uma transação de US$ 2,5 bilhões anunciada ainda em meados de abril.

A Aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) veio em maio.

A L’Oréal Austrália, integralmente detida pela L’Oréal, deve adquirir a totalidade do capital social e votante da Natura Brazil Pty, holding detentora do Grupo Aesop atualmente detida pela Natura Cosméticos.

Na outra ponta, a Natura deve incrementar o caixa e remar na direção da desalavancagem financeira, posicionando a empresa com um foco no seu core business e também na integração dentro da América Latina.

A superintendência do Cade afirma que a Aesop não é uma marca significativa no segmento de beleza e cuidados pessoais no Brasil, independentemente da definição de mercado relevante considerada.

“O aumento de concentração de mercado resultante da operação proposta é, em todos os cenários analisados, desprezível e não desperta quaisquer preocupações concorrenciais”, diz o parecer.

Veja último balanço da Natura

A companhia Natura (NTCO3) apurou prejuízo líquido de R$ 732 milhões no segundo trimestre de 2023. O resultado negativo foi 4,6% menor do que o apresentado no mesmo período do ano passado.

O Ebitda da Natura (Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização), por sua vez, foi de R$ 753 milhões, alta de 25,8% ante o reportado de abril a junho de 2022.

A receita líquida consolidada da Natura, por sua vez, foi de R$ 7,8 bilhões, uma queda de 4,1% sobre o segundo trimestre do ano anterior. Se considerada variação porcentual em moeda constante, porém, houve alta de 1,9% nesse indicador.

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A margem bruta foi de 65,4%, em alta de 430 pontos-base (bps). Já a margem Ebitda ajustada foi de 9,7%, um aumento de 230 pbs na comparação com o mesmo período do ano passado. Para a companhia, o resultado da Natura no 2T23 reflete melhorias de margem em todas as três unidades de negócio, Natura &Co América Latina, Avon Internacional e The Body Shop, além de uma queda de 5,7% nas despesas corporativas. O grupo fechou o trimestre com uma posição de caixa de R$ 3,7 bilhões.

O CEO da companhia, Fabio Barbosa, afirmou que o desempenho “continua a apresentar as melhorias já observadas no primeiro trimestre, com crescimento de um dígito baixo da receita líquida em moeda constante, e uma melhora significativa na margem Ebitda ajustada”. “Isso foi impulsionado principalmente pela margem bruta, que se beneficiou dos efeitos de mix de produtos, mas foi parcialmente compensada por investimentos e pela inflação”, escreveu o executivo.

Ele pontuou ainda que o lucro líquido seguiu “impactado por um alto nível de despesas financeiras, que serão endereçadas na conclusão da venda da Aesop, prevista para ocorrer no terceiro trimestre deste ano”.

Ainda conforme o CEO, o segundo trimestre do ano da Natura foi um marco pelo início da “Onda 2” de integração entre Natura e Avon na América Latina, começando com o Peru e a Colômbia, que, segundo o executivo, “já demonstraram resultados iniciais bastante satisfatórios”.

“Ao entrarmos no segundo semestre, nosso foco se volta para o lançamento da Onda 2 no Brasil. Estamos satisfeitos com os aprendizados iniciais do Peru e da Colômbia, e estamos confiantes de que eles nos ajudarão a entregar resultados sólidos para o nosso maior mercado na região, e a outros que se seguirão”, afirmou o CEO da Natura no release de resultados.

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Eduardo Vargas

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