Dólar cai ante euro e libra; produção industrial nos EUA cresce 1,0%

Nesta quarta-feira (16), o dólar à vista começa o dia recuando, após as altas no dia anterior, seguindo tendência no exterior. Na Europa, o euro e a libra ganham mais força ante à moeda americana, após os indicadores de crescimento do PIB da zona do euro dentro do previsto, produção industrial do bloco acima do esperado e a inflação ao consumidor no Reino Unido em movimento de desaceleração em julho.

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Os ajustes dos ativos financeiros relacionados ao dólar hoje são relativamente contidos diante do compasso de espera pela produção industrial nos EUA em julho (atualizado abaixo) e a ata da reunião de julho do Federal Reserve (15h), que elevou em 25 pontos-base as taxas dos Fed Funds, à faixa de 5,25% a 5,75% ao ano, após uma pausa em junho.

No Brasil, investidores locais reduzem posições defensivas sobre a cotação do dólar e outros ativos em meio ainda à sinalização dada pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para a votação final do arcabouço fiscal e da desoneração da folha de pagamentos na semana que vem.

Lira afirmou na terça-feira (15) que o arcabouço fiscal pode ser votado no plenário da Casa na próxima terça-feira (22) caso haja consenso sobre a emenda do Senado que autoriza a previsão de despesas condicionadas no Orçamento de 2024.

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Palestra de Campos Neto pela manhã

No mercado local, os investidores focam no presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, em palestra nesta manhã. Campos Neto foi voto determinante para o corte de 0,50 pp da Selic, a 13,25% ao ano, no dia 2 de agosto. Na terça, a diretora de Assuntos Internacionais do Banco Central, Fernanda Guardado, descartou a possibilidade de o Comitê de Política Monetária (Copom) acelerar o ritmo de corte da Selic, processo iniciado neste mês com uma redução de 50 pontos-base, para 13,25% ao ano.

Segundo ela, o comitê está bastante comprometido com o ritmo de queda. “Acho que talvez não seja boa prática se comprometer de forma inexorável, pois a gente não sabe o tipo de choque que pode acontecer na economia”, ponderou. “Uma aceleração (dos cortes) no meio do ciclo geralmente significa um novo pace (ritmo) e a gente não antevê condições para esse novo pace”, adiantou, durante o evento “Sob o Olhar Delas”, organizado pela XP Inc., em Brasília.

Cotação do dólar e resultados do produção industrial

A produção industrial dos Estados Unidos subiu 1% em julho ante junho, após uma queda de 0,8% na comparação mensal do mês anterior.

Os dados publicados nesta quarta-feira (16) pelo Fed, banco central norte-americano. O resultado foi maior do que a expectativa de analistas consultados pela FactSet, que previam alta mensal de 0,3% no período.

Às 9h31 desta quarta, o dólar à vista caía 0,18%, a R$ 4,9780. O dólar para setembro cedia 0,19%, a R$ 4,9905.

Com informações de Estadão Conteúdo.

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Camila Paim

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