Dólar encerra semana com maior alta em 14 meses
O dólar encerrou a semana em alta de 4,30% e chegou a ter uma máxima na sessão de sexta (25) a R$ 4,1666, marcando a maior alta semanal em 14 meses. A semana foi marcada por como o mercado reagiu ao leilão do excedente da cessão onerosa do pré-sal e à soltura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Confira quais são os principais fatores que explicam a queda do dólar no acumulado desta semana:
- Segunda-feira: subiu mesmo após Boletim Focus prever novo crescimento do PIB;
- Terça-feira: encerrou em queda de 0,471% após Ata do Copom;
- Quarta-feira: subiu mais de 2% com resultado ruim da cessão onerosa;
- Quinta-feira: fechou em alta após acordo provisório na guerra comercial;
- Sexta-feira: encerrou em alta de 1,8% após soltura de Lula.
Segunda-feira
O dólar encerrou, na segunda-feira (4), em alta. A valorização da moeda norte-americana em relação ao real ocorreu mesmo após o Boletim Focus prever novo crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2019.
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A moeda norte-americana encerrou em alta de 0,428%, negociado a R$ 4,0121, cotação máxima do dia. A mínima da moeda norte-americana foi de R$ 3,9812, por volta das 9h20.
Além disso, a retração da atividade industrial na zona do euro e a emissão de títulos em dólares que será realizada pelo Tesouro Nacional também influenciaram a cotação da moeda estadunidense.
Terça-feira
O dólar fechou em queda na terça-feira (05) sob impacto da Ata do Comitê de Política Monetária (Copom) divulgada nesta terça pelo Banco Central, em Brasília, em que sinaliza um possível novo corte na taxa básica de juros (Selic) em dezembro.
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A moeda norte-americana encerrou em queda de -0,471% sendo cotado a R$ 3,9932.
Quarta-feira
O dólar encerrou em alta, na quarta-feira (6), após o desempenho negativo da cessão onerosa do pré-sal.
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A moeda norte-americana fechou em variação positiva de 2,219%, vendido a R$ 4,0818. A cotação mínima do dólar foi de R$ 3,9790, às 9h40, e a máxima foi de R$ 4,0857, por volta das 16h30.
O risco de uma desaceleração econômica profunda na zona do euro, alertado pelo FMI, contribuiu para a tensão do mercado. Além disso, a redução da participação da BlackRock na Vale diminuiu os investimentos externos no Brasil.
Quinta-feira
O dólar encerrou, na quinta-feira (7), em alta de +0,287% sendo vendido a R$ 4,0935.
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A moeda norte-americana subiu devido a vários fatores. O principal deles, o Ministério do Comércio da China comunicou que o país asiático e os EUA concordaram em cancelar em fases as tarifas adotadas durante sua guerra comercial.
Sexta-feira
O dólar encerrou, na sexta-feira (8), em alta de 1,83%, vendido a R$ 4,1684. A variação positiva da moeda norte-americana foi impulsionada pela soltura do ex-presidente da República, Luís Inácio Lula da Silva.
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A cotação registrada no fechamento do mercado foi a máxima da moeda ao longo do dia. A mínima foi de R$ 4,1133, por volta das 9h20.
No cenário externo, o presidente norte-americano, Donald Trump, negou ter concordado em retirar tarifas sobre produtos chineses, em um novo desdobramento da guerra comercial.
Além disso, a declaração do presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, sobre o lento crescimento da economia brasileira também influenciou a cotação do dólar.