Juiz manda soltar Lula da prisão após decisão do STF

O juiz Danilo Pereira Júnior, da 12ª Vara Criminal Federal de Curitiba, aceitou nesta sexta-feira (8), o pedido apresentado pela defesa do ex-presidente da República Luís Inácio Lula da Silva e o autorizou a deixar a prisão.

Os advogados do ex-presidente Lula pediram sua soltura após o Supremo Tribunal Federal (STF) derrubar a prisão após condenação em segunda instância.

Após ter sido condenado em duas instâncias no caso do triplex no Guarujá, Lula ficou preso durante 1 ano e 7 meses na Superintendência da Polícia Federal (PF) de Curitiba. Agora, o ex-presidente terá o direito de recorrer em liberdade e só voltará a cumprir a pena de 8 anos, 10 meses e 20 dias após o trânsito em julgado.

Decisão do STF

O STF mudou, na última quinta (8), seu entendimento de 2016 e decidiu que, de acordo com a Constituição, ninguém poderá ser considerado culpado até o trânsito em julgado (quando não cabem mais recursos) e que a execução provisória da pena atinge o princípio da presunção de inocência.

O advogado de Lula, Cristiano Zanin, declarou a jornalistas que: “A decisão da Suprema Corte confirma aquilo que nós sempre dissemos, que não havia a possibilidade de execução antecipada da pena”.

https://files.sunoresearch.com.br/n/uploads/2023/03/1420x240-Minicurso-Contabilidade.png

Além disso, a defesa declarou que agora espera a “nulidade de todo o processo, com o reconhecimento da suspeição do ex-juiz Sérgio Moro”.

Tempo de Lula na prisão

Lula ficou preso durante 580 dias em uma sala especial (prevista em lei) no 4º andar do prédio da PF. A sala tem 15 metros quadrados e possui cama, mesa e banheiro de uso pessoal. A Justiça também havia autorizado que ele tivesse uma esteira ergométrica na sala.

O petista tinha os requisitos necessários para ir para o regime semiaberto, já que atingiu 1/6 da pena no dia 29 de setembro deste ano.

Leia também: Alibaba espera arrecadar US$ 15 bi em oferta de ações em Hong Kong

Lula havia deixado a sede da PF apenas em duas ocasiões:

  • para ir ao interrogatório no caso do sítio de Atibaia, em novembro de 2018;
  • para ir ao velório de seu neto Arthur Lula da Silva, de 7 anos, em São Bernardo do Campo (SP), em março de 2019.

Lula não obteve a mesma autorização da Justiça para ir ao funeral de seu irmão Genival Inácio da Silva, de 79 anos, que era conhecido como Vavá.

Rafael Lara

Compartilhe sua opinião

Receba atualizações diárias sobre o mercado diretamente no seu celular

WhatsApp Suno