Fiagros somam mais de 300 mil investidores, salto anual de 344%, e R$ 13,8 bi em patrimônio líquido

Os fundos de investimento em cadeias agroindustriais (Fiagros), classe de investimentos com pouco mais de dois anos de mercado, já ultrapassaram a marca de 300 mil investidores em junho, segundo dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiros e de Capitais (Anbima).

Os números dos Fiagros em junho representam um crescimento de 344% em relação ao mesmo mês do ano passado. O patrimônio líquido dos fundos somados alcançou R$ 13,8 bilhões, uma evolução de 165% ante 2022.

Fiagros, além de fundos para gerar rendimentos ao investidor, são uma forma de se financiar o agronegócio por meio do mercado de capitais, sem precisar de empréstimos de bancos ou de intervenção do governo.

Em relação à captação líquida (diferença entre aplicações e saques), o saldo no acumulado de 2023 até junho é de R$ 1,6 bilhão. Houve, no entanto, uma desaceleração entre maio, quando ficou em R$ 521 milhões, e o último mês, em que a captação de Fiagros foi de R$ 57,5 milhões.

O patrimônio líquido da indústria de Fiagros alcançou R$ 13,8 bilhões em junho, uma evolução de 165% frente a igual período do ano passado, quando o montante era de R$ 5,2 bilhões.

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Fiagros: número de fundos disponíveis tem alta expressiva

Ainda conforme dados da Anbima, o número de fundos disponíveis para os investidores de Fiagros saltou de 32, no balanço de 2022, para 45 neste ano até junho.

Do total de fundos, 35 deles são do tipo Fiagro-FII, que investe em imóveis rurais e títulos de crédito, como os Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs), Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs) e os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs).

Dos dez Fiagros restantes, nove são de direitos creditórios (Fiagro-FIDC) e apenas um é de participações em sociedade (Fiagro-FIP). Esses são destinados apenas aos investidores qualificados.

O público em geral só tem acesso aos Fiagros-FII, com estrutura parecida à dos fundos imobiliários (FIIs) de papel, que carregam CRIs indexados ao CDI ou ao IPCA em suas carteiras.

Os Fiagros também contam com isenção de imposto de renda sobre os rendimentos distribuídos aos cotistas das duas classes.

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Allan Ravagnani

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