Semana Internacional: Berkshire Hathaway, Alibaba e guerra comercial

As notícias econômicas e políticas internacionais deixaram os últimos dias muito agitados. O mercado ficou atento às mudanças corporativas e da política que rondaram o planeta na última semana. Confira as principais notícias da Semana Internacional.

A Berkshire Hathaway (NYSE: BRK.A) é o destaque da Semana Internacional. A holding comandada pelo megainvestidor Warren Buffett divulgou seu resultados trimestrais no último sábado (2). No período de julho até setembro a empresa acumulou US$ 128 bilhões de caixa, seu novo recorde. O montante engloba os recursos em caixa e os investimentos de curto prazo em títulos do Tesouro dos Estados Unidos (bonds).

Todavia, no terceiro trimestre deste ano, o lucro líquido da empresa atingiu US$ 16,5 bilhões, registrando uma queda de 11% na comparação anualizada. O lucro operacional, considerando apenas os negócios liderados pela Berkshire, portanto, desconsiderando seus investimentos, foi elevado em 14% no terceiro trimestre, chegando a US$ 7,8 bilhões.

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No final da semana passada, a agência de notícias “Bloomberg” informou que o Alibaba (NYSE: BABA) estava planejando sua entrada na Bolsa de Valores de Hong Kong entre 1 e 11 novembro. A sua oferta pública inicial de ações (IPO) pode levantar entre US$ 10 bilhões e US$ 15 bilhões, pouco mais que a metade do estimado inicialmente pela gigante chinesa.

Cinco anos após a listagem na Bolsa de Valores de Nova York, o Alibaba, no entanto, tem conhecimento de que os humores do mercado podem alterar os rumos da oferta das ações.

Já o Facebook (NASDAQ: FB), mesmo reportando uma alta de 19% no lucro líquido no terceiro trimestre, apresentou quedas na bolsa norte-americana, a US$ 6,09 bilhões. Desconsiderando uma provisão para Imposto de Renda, de US$ 1,2 bilhão, o lucro da gigante estadunidense seria de US$ 7,3 bilhões.

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Desde o dia 30 de outubro, quando o balanço trimestral foi divulgado, os papéis da companhia desvalorizaram cerca de 2,27% sendo cotadas a US$ 191,85 durante o pregão da última quinta-feira (7).

Em meio ao lançamento de seus novos produtos, a Apple (NASDAQ: AAPL) registrou uma queda de 3% em seu lucro líquido no terceiro trimestre deste ano, chegando a US$ 13,69 bilhões. Este foi o primeiro resultado negativo no lucro desde que o atual CEO, Tim Cook, assumiu a posição à frente da gigante da tecnologia.

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Embora o faturamento de US$ 64 bilhões tenha sido um recorde, as vendas do iPhone voltaram a cair. Com isso, a companhia voltará a olhar para a realidade virtual. Segundo o jornal asiático “Digitimes”, a companhia lançará o Apple Glasses ao longo de 2020.

Desde que divulgou o seu balanço trimestral, no dia 30 de outubro, no entanto, os papéis da Apple já subiram 5,24%, sendo cotadas a US$ 260,16 durante o pregão da última quinta-feira (7).

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No último domingo (3), o IPO da Saudi Aramco foi anunciado pelo governo da Arábia Saudita. Mohammed bin Salman, o príncipe saudita, autorizou a listagem nos últimos dias. A estatal petroleira é a empresa mais rentável do mundo, e produz cerca de 10 milhões de barris de petróleo por dia.

Durante esse processo, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) deverá ser pressionada pelos sauditas a diminuírem sua produção da commodity. A decisão tem o intuito de elevar os preços do petróleo e ressaltar aos potenciais investidores da Saudi Aramco sobre a influência da Arábia Saudita dentro da companhia.

Noticiário internacional

Após o cancelamento da reunião da Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico (APEC, na sigla em inglês), durante os dias 16 e 17 de novembro, onde era esperada a assinatura de um acordo preliminar entre Estados Unidos e China, os países negociam um novo local para tornar público o fim da primeira fase da negociação.

Na última quinta-feira (7), o Ministério do Comércio da China afirmou que entrou em acordo com os EUA para a retirada, de forma gradativa, as tarifas impostos pelos maiores economias do planeta no decorrer da guerra comercial.

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A China, por sua vez, em meio à disputa comercial, demonstra estar se aproximando da França como um potencial parceiro econômico. O presidente francês Emmanuel Macron foi convidado pelo líder chinês, Xi Jinping, a comparecer no salão de importações que começou na última terça-feira (5).

O cenário da guerra comercial, após ter se alongado por mais de um ano, mostra-se uma oportunidade do país europeu a aumentar suas exportações à China.

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Ainda na China, o índice de serviços cresceu em outubro no seu menor nível dos últimos oito meses. A divulgação do resultado foi divulgado na última terça-feira (5) pelo grupo de mídia Caixin Media e a empresa de pesquisa IHS Markit. O PMI Caixin do setor caiu de 51,3 em setembro para 51,1 no mês passado.

Já no Reino Unido, o indicador permaneceu estagnado. No entanto, de acordo com a pesquisa, as preocupações com o Brexit fizeram com que os novos pedidos recuassem no ritmo mais rápido dos últimos seis meses.

O PMI britânico subiu para 50,0 em outubro, um crescimento nulo. No entanto, a leitura do mês anterior foi de 49,5, um dos piores resultados desde 2009.

Na última segunda-feira (4), o PMI também demonstrou que a atividade industrial da zona do euro continua retraída. Este foi o nono mês que o indicador permaneceu abaixo da marca de 50,00, patamar que separa a contração e o crescimento da atividade do setor.

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Segundo o instituto, “as preocupações geopolíticas, que vão do Brexit à política comercial dos EUA, continuam a criar incertezas, diminuindo ainda mais a demanda tanto no mercado interno quanto no mercado de exportação”.

A Semana Internacional da Suno Research levanta os principais acontecimentos da última semana e que irão movimentar o mercado internacional.

Jader Lazarini

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