Economia brasileira apresenta sinais de recuperação, diz BofA

O Bank of America Merrill Lynch (BofA) apontou, por meio de um relatório divulgado nesta quarta-feira (6), que a economia brasileira está apresentando sinais de recuperação.

A instituição financeira salientou que, por conta dos indicadores de atividade positivos, a pior fase de crescimento da economia já passou. Além disso, embora a produção industrial ainda apresente resultados negativos, o bofA ressaltou que o setor está mostrando “alguma estabilização na margem”.

“Em setembro, começamos a ver alguns sinais positivos de uma recuperação econômica, com a surpresa positiva de crescimento de 0,4% do PIB no segundo trimestre, em relação ao trimestre anterior, seguido de progresso na agenda de reformas e melhoria contínua nos níveis de confiança”, afirmaram o chefe de economia e estratégia do banco no Brasil, David Beker, e a economista Ana Madeira.

De acordo com os economistas, o consumo é um fator importante que ainda está faltando para a recuperação da economia.

Criação de postos de trabalho

Os economistas do BofA ressaltaram que o mercado de trabalho brasileiro também está melhorando, apesar do ritmo lento. Segundo eles, o desemprego continuará caindo ao longo dos próximos meses.

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“O maior estímulo à procura de emprego, devido a níveis mais altos de confiança, aumenta a força de trabalho e pode explicar a taxa de desemprego estável, mesmo com uma maior criação líquida de empregos”, disseram os economistas.

O resultado positivo do mercado de trabalho contribuirá para a sustentação dos níveis de confiança no País.

Projeção de crescimento da economia

O banco norte-americano elevou a estimativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro de 0,7% para 1% em 2019. Para o próximo ano, o Bank of America prevê um avanço de 2,4%.

“O consumo deve ganhar impulso, sustentado por baixas taxas de juros, melhores condições de crédito, maior confiança e declínio gradual do desemprego. A dinâmica benigna da inflação mantém os salários reais relativamente altos e fornece um suporte adicional ao consumo privado”, afirmaram os economistas do banco.

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Além da recuperação da economia, a instituição financeira prevê que a inflação continue abaixo da meta no próximo ano. A expectativa é que a taxa Selic seja reduzida para 4%.

Giovanna Oliveira

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