Eletrobras (ELET3) nega ter sido notificada de batalha judicial com investidores
A Eletrobras (ELET3), em comunicado, disse que tomou conhecimento sobre notícias divulgadas na mídia sobre o ajuizamento de uma interpelação judicial da Associação Brasileira de Investidores (Abradin) e que, já notificada, adotará as medidas cabíveis.
O motivo da interpelação da associação de investidores contra a Eletrobras é o questionamento entre o contrato da companhia com a Delta Energia durante a gestão de João Carlos de Abreu Guimarães enquanto vice-presidente de Comercialização.
O executivo tinha sido sócio da Delta antes de assumir o cargo na Eletrobras, à época estatal, e foi afastado neste mês de julho.
“A companhia recorda, ainda, que a temática em questão, envolvendo investigação pela Comissão de Valores Mobiliários, foi objeto de dois comunicados ao mercado: nos dias 26 de junho e 03 de julho de 2023”, defende a Eletrobras.
“Considerando que a companhia não foi notificada pelo juízo, não existe informação nova a ser divulgada, nem providências a serem adotadas, neste momento”, segue.
A Abradin entrou com a interpelação na 42ª Vara Cível da Justiça estadual do Rio de Janeiro.
O que os investidores querem da Eletrobras
Segundo representantes da entidade, há problemas graves na relação com a Delta, além de ‘inadmissível’ ter tido Guimarães como diretor.
“É inadmissível que a Eletrobras tenha tido como diretor comercial alguém envolvido em denúncias tão graves. Qualquer contratação com a Delta deve ser desfeita e é indispensável que os acionistas tenham ciência da extensão destes, uma vez que possuem grande potencial lesivo ao seu patrimônio”, disse ao Broadcast o presidente da Abradin, Aurélio Valporto.
“O que a gente quer saber agora é qual a extensão desses contratos e quais foram esses contratos entre a Eletrobras e a Delta”, acrescentou.
Vale destacar que no âmbito do afastamento de Guimarães, a Eletrobras não detalhou o motivo quando comunicou a decisão ao mercado oficialmente.