Ryanair prevê redução de gastos com viagens e fim do boom pós-pandemia
Famosa pelos seus voos de baixo custo (low cost), a Ryanair alertou que enxerga uma queda nos gastos com viagens para o segundo semestre de 2023.
De acordo com a maior companhia aérea da Europa em número de passageiros, a demanda reprimida após a pandemia motivou gastos elevados com viagens nos últimos tempos. Entretanto, essa situação pode se reverter no segundo semestre do ano devido à alta inflação e o aumento das taxas de juros, alertou a Ryanair.
De acordo com o CEO da empresa, Michael O’Leary, a preocupação deles reside no impacto das tendências macroeconômicas. Em um vídeo publicado na segunda-feira (24), O’Leary falou que isso pode “afetar os gastos do consumidor no segundo semestre do ano”.
Fim do boom pós-pandemia pode abalar os dados trimestrais da Ryanair
As previsões de O’Leary contrastam com os lucros reportados pela Ryanair no primeiro trimestre: 663 milhões de euros (aproximadamente R$ 3,13 bilhões), valor cerca de quatro vezes maior do que no mesmo período do ano passado, quando o setor foi afetado pela invasão da Rússia à Ucrânia.
Segundo os dados divulgados, as tarifas médias de voos na Ryanair aumentaram 42% no último trimestre. Dois eventos que impulsionaram as vendas foram a Páscoa e a coroação do Rei Charles III, na Inglaterra. Contudo, desde o final de junho a empresa vêm observando uma redução nas tarifas.
O CEO da Ryanair também afirmou que, com os gastos mais altos do consumidor devido à inflação, a companhia aérea talvez precise reduzir os preços das passagens para atender às metas de crescimento de passageiros. Entretanto, a companhia mantém uma postura confiante de que os preços mais baixos da “low cost” permitirão crescimento mesmo em tempos de recessão.
Com informações de Estadão Conteúdo.