Eletrobras (ELET3) quer arrecadar R$ 1,5 bi com vendas de empresas e prevê investimentos de até R$ 16 bilhões

O presidente da Eletrobras (ELET3), Wilson Ferreira Júnior, trouxe detalhes nesta quarta-feira (12) sobre as perspectivas de investimentos e desinvestimentos da empresa. Ele diz que as vendas de 7 coligadas podem gerar uma arrecadação de R$ 1,5 bilhão.

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Júnior não especificou quais empresas perfazem esse valor de venda. Atualmente com 73 SPEs, a Eletrobras tem a pretensão de chegar a meados de 2024 com 31 empresas em seu ‘guarda-chuva”.

Já Elio Gil de Meirelles Wolff, vice-presidente executiva de estratégia e desenvolvimento de negócios da Eletrobras, afirmou que até 2027 os investimentos do grupo podem totalizar algo entre R$ 11 bilhões e R$ 16 bilhões, dos quais cerca de R$ 6 bilhões seriam investidos em cerca de 2,5 anos.

Após encontro com os investidores, o presidente da Eletrobras ainda disse que a empresa está analisando 11 fusões e aquisições até o ano de 2024. No total, a estimativa é de que essas operações possam somar R$ 35 bilhões em investimentos.

Estima-se que a holding possua cerca de R$ 15 bilhões de créditos fiscais, sendo que o objetivo é que R$ 4 bilhões sejam trazidos para comercialização.

Eletrobras vai buscar comprador para a térmica Candiota 3?

Wilson Ferreira Júnior disse também que a Eletrobras vai buscar um comprador para a usina termelétrica Candiota 3. Segundo a companhia, o negócio deve ser fechado até o fim deste ano.

A usina movida a carvão mineral está localizada no Rio Grande do Sul e pertence à CGT Eletrosul, da Eletrobras. Além de gerar caixa, a venda de Candiota 3 está alinhada com a estratégia de descarbonização do negócio de geração da Eletrobras.

“Vamos buscar comprador para a térmica Candiota 3. Já estamos tratando com alguns potenciais compradores”, disse o presidente da Eletrobras a jornalistas após o Eletrobras Day, que aconteceu hoje (12), em São Paulo.

Segundo executivos da Eletrobras que o acompanhavam, Candiota 3 ainda é um ativo rentável e relevante, que gera energia, o que tornaria o negócio atraente para compradores, apesar da fonte fóssil poluente.

Comercializadora

Em outro momento da entrevista, Ferreira Junior voltou a falar da comercializadora de energia recém-criada pela Eletrobras para atuar na venda de energia no mercado livre.

Ele disse que a empresa já tem se estruturado para atender no ambiente de contratação livre que deve se robustecer com a abertura do mercado, matéria de projeto de lei em tramitação no Congresso.

Antes, o executivo já havia dito que, além do novo negócio em si, a comercializadora vai ajudar a holding a aproveitar créditos fiscais num volume que estimou em R$ 15 bilhões.

Eletrobras deve ser a primeira de energia a atingir net zero até 2030, diz presidente da empresa

O CEO da Eletrobras acredita que a companhia deverá ser a primeira empresa de energia do mundo a atingir o net zero até 2030.

“Reduzimos as nossas emissões de gases do efeito estufa em 42% de um ano para o outro. Devemos ser a primeira empresa do mundo a atingir o net zero até 2030”, disse Ferreira Junior.

Segundo o executivo, esse foi o principal destaque passado aos investidores durante o Eletrobras Day.

“A Eletrobras já é a segunda maior empresa do mundo em energias renováveis e a que se movimentou mais fortemente naquilo que o mundo espera de empresas de energia, que é ser grande em renováveis e ter poucas emissões por megawatt-hora gerado”, continuou.

Em apresentação a jornalistas, Ferreira Jr. mostrou que a Eletrobras tem hoje uma capacidade instalada de 44,4 GW, o equivalente a 23% da capacidade instalada no País, sendo 97% da geração via fontes limpas.

(Com informações de Estadão Conteúdo)

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João Vitor Jacintho

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