Ações da Petrobras (PETR4) trocam de rota e fecham em baixa no Ibovespa. O que aconteceu?
A Petrobras (PETR4) “trocou de rota” na manhã desta quarta-feira (5) na Bolsa de Valores e passou a operar com uma relevante queda. Mas, no fechamento, as ações preferenciais da companhia, porém, registravam baixa de 0,13%, R$ 30,11, enquanto as ordinárias (PETR3) cederam 0,03%, cotadas a R$ 33,74.
Cotação PETR4
As ações da Petrobras chegaram a entrar no top 5 das maiores quedas do Ibovespa pela manhã:
- CVC (CVCB3): -2,85%
- Braskem (BRKM5): -2,70%
- Raízen (RAIZ4): -2,27%
- Azul (AZUL4): -1,56%
- Petrobras (PETR4): -1,39%
O que aconteceu com as ações da Petrobras?
As ações da Petrobras viraram de alta para baixa na manhã de hoje (5), apesar das cotações do petróleo operarem em alta. E, às 15h, os papéis da petroleira voltaram ao positivo, ajudando o Ibovespa a subir e a se aproximar dos 120 mil pontos.
Os contratos futuros do petróleo Brent para setembro chegaram a cair 0,28% pela manhã, em meio aos receios de desaceleração econômica e de uma eventual recessão.
Por outro lado, o petróleo do tipo Brent voltou ao campo positivo após Rússia e Arábia Saudita anunciarem cortes na oferta. Às 12h30, a commodity subia 0,54%.
Já os contratos futuros do petróleo WTI para agosto sobem mais de 3%, aumentando os ganhos que já eram vistos pela manhã, após a reabertura das bolsas dos EUA, voltando do feriado.
Por outro lado, dados da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) apontam que os preços dos combustíveis brasileiros continuam abaixo da paridade internacional.
Há cerca de 5 dias, a Petrobras trouxe mudanças nos preços da gasolina, embora o preço do diesel não tenha mudado.
O estudo da Abicom é publicado de forma diária. Dessa vez, ele apontou que o preço médio da gasolina ainda está 8% abaixo da paridade internacional (equivalente a -R$ 0,20). O diesel, por sua vez, se encontra 4% abaixo (-R$ 0,14).
Apesar da queda de hoje (5), as ações preferenciais da Petrobras acumulam alta de 0,75% nesta semana, enquanto as ordinárias sobem 0,94%.
Petrobras (PETR4) fecha oferta bilionária de bonds
A Petrobras (PETR4) fechou sua oferta de títulos no mercado de capitais internacional no valor de US$ 1,25 bilhão, com vencimento em 2033.
A oferta de bonds da Petrobras foi precificada ainda no fim de junho, conforme divulgado pela companhia.
Conforme as informações divulgadas, os títulos preveem um cupo de 6,5% ao ano (a.a.), com pagamento de juros nos dias 3 de janeiro e 3 de julho de cada ano, iniciando em janeiro de 2024.
O preço de emissão, segundo a Petrobras, foi de 99,096%. O rendimento ao investidor, por sua vez, é de 6,625% ao ano.
Os ratings de agências são:
- Ba1 (Moody’s)
- BB- (S&P)
- BB- (Fitch)
“A operação foi conduzida por Banco BTG Pactual S.A., Citigroup Global Markets Inc., Goldman Sachs & Co. LLC, Itaú BBA USA Securities, Inc., MUFG Securities Americas Inc, Santander US Capital Markets LLC, Scotia Capital (USA) Inc. e UBS Securities LLC. A escolha de tais instituições levou em consideração vários fatores, incluindo critérios de compromissos com a sustentabilidade em linha com o atual Plano Estratégico 2023- 2027 e sua revisão recente”, diz a casa.
Fitch atribui rating BB- à emissão da Petrobras
Segundo a Petrobras, os recursos levantados com os títulos serão usados para “fins corporativos gerais”, podendo incluir pagamento de dívidas.
A agência de classificação de risco Fitch Ratings atribuiu uma classificação BB- à emissão de títulos da estatal, com vencimento para 2033.
Segundo os especialistas da casa, há ancoragem nas expectativas acerca do Brasil, com estabilidade recente nos ratings soberanos.
“A Fitch prevê que a produção da Petrobras atingirá 2,9 milhões de barris de óleo equivalente por dia até 2025, em comparação com 2,7 milhões de barris de óleo equivalente por dia em 2022, e manterá sua vida útil de reservas provadas (1P) de quase dez anos”, estima a agência de risco.
“Seu baixo custo de produção levou a uma forte geração de fluxo de caixa em 2022, onde a Fitch estima que a empresa gerou US$ 65 bilhões em Ebitda. O fluxo de caixa da empresa cobre confortavelmente seus investimentos, conforme definido em seu plano estratégico atual”, acrescenta.
Segundo a casa, essa classificação se dá pelo fluxo de caixa positivo e pela saúde financeira atual da Petrobras, com ‘folga’ na alavancagem e um bom horizonte de classificação.