Samarco recebe autorização para retomar suas operações

A Samarco recebeu do governo de Minas Gerais, nesta sexta-feira (25), a última licença que precisava para retomar suas operações. A informação foi divulgada por meio de um “Fato Relevante” da Vale.

A Samarco deverá reiniciar suas atividades no final de 2020. A companhia pretende retomar as operações por meio do uso de tecnologias direcionadas ao empilhamento de rejeitos a seco.

“Com essa autorização, a Samarco agora detém todas as licenças ambientais necessárias para reiniciar suas operações, um marco importante que demonstra seu compromisso com a retomada de produção de maneira segura e sustentável”, diz o comunicado divulgado pela Vale.

Por conta do uso de novas tecnologias, a extração de minério de ferro e das plantas de beneficiamento em Germano, além da planta de pelotização no Complexo Ubu, no Espírito Santo, só ocorrerão após a implantação de um sistema de filtragem.

A estimativa de tempo para a construção do sistema é de um ano. Durante este período, a empresa atuará na manutenção de equipamentos.

Por meio do processo de filtragem, a companhia pretende drenar 80% do volume total de rejeitos e, de acordo com o comunicado, empilhá-lo de forma segura. Além disso, os outros 20% restantes serão depositados, por meio de uma estrutura confinada, na cava Alegria Sul.

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Ao reiniciar as operações, a empresa espera produzir entre 7 e 8 Mtpa por meio da tecnologia de filtragem. Ademais, a companhia pretende adicionar, em até seis anos, um segundo concentrador para produção de cerca de 14 a 16 Mtpa.

Suspensão das operações da Samarco

As operações da companhia foram desativadas em novembro de 2015. A suspensão ocorreu após o rompimento da barragem de Fundão, no distrito de Bento Rodrigues, em Minas Gerais, que era gerenciada pela Samarco.

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A barragem abrigava aproximadamente 56,6 milhões de m³ de lama de rejeito. No rompimento, 43,7 milhões de m³ vazaram. Na ocasião, 19 pessoas morreram e outras milhares ficaram desabrigadas.

Os rejeitos chegaram ao Rio Doce e danificaram a fauna e a flora da região. Além disso, o litoral do Espírito Santo também foi afetado. O rompimento da barragem controlada pela Samarco foi o maior desastre ambiental do Brasil.

Giovanna Oliveira

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