Shein responde rumores sobre abertura de capital nos EUA

A Shein negou os rumores de que teria se registrado para uma oferta pública inicial em Nova York, conforme haviam informado fontes à agência Reuters. A resposta da empresa foi divulgada hoje (30) pelo portal CNBC, que também entrou em contato com a companhia.

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“Shein nega esses rumores”, afirmou um porta-voz da varejista chinesa à CNBC, desmentindo os rumores do mercado após matéria publicada pela Reuters.

A publicação apontava que a entrada da Shein no mercado de ações poderia tornar a companhia a mais valiosa a abrir capital nos EUA desde a estreia da Didi Global, que ocorreu em 2021, avaliada em US$ 68 bilhões.

A Shein, por sua vez, está avaliada em US$ 60 bilhões atualmente. Cabe lembrar que a Didi Global deixou de ser listada na Bolsa de Nova York em 2022, frente às pressões da China, em meio às normas antitruste e de segurança de dados que estavam sendo aplicadas sobre as companhias de tecnologia chinesas nos Estados Unidos.

As fontes da Reuters também apontavam que a Shein teria submetido seu registro de listagem na bolsa de NY de forma confidencial à Securities and Exchange Comission (SEC) dos EUA.

As estimativas eram de que a varejista chinesa pudesse começar a negociar no mercado de ações dos Estados Unidos antes do encerramento de 2023.

Por outro lado, além de ter negado os rumores à CNBC, a Shein também já havia se posicionado diante da Reuters, dizendo que os rumores não eram verdadeiros.

Ao ser questionada sobre o assunto, a SEC preferiu não comentar.

Shein sofre acusações de uso de trabalho forçado

As informações passadas pela Reuters apontam que um grupo bipartidário dos EUA estaria contestando na SEC uma possível IPO da Shein.

Esse grupo de representantes norte-americano teria solicitado à agência reguladora para verificar se a Shein usa trabalho forçado em suas operações, antes mesmo que ela pudesse seguir com qualquer abertura de capital nos Estados Unidos.

O tema já havia sido comentado pela empresa de varejo à CNBC em maio deste ano, quando a companhia negou ter trabalho forçado na venda de roupas. “Temos tolerância zero para trabalho forçado”, disse um porta-voz.

Na ocasião, a Shein já vinha sendo questionada sobre um suposto uso de trabalho forçado, em meio a pressões de legisladores dos EUA.

Nesse contexto, a Shein teria recebido um grupo de influenciadores, que postaram vídeos negando as acusações sobre a empresa, além de tecerem elogios à varejista chinesa.

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João Vitor Jacintho

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