Queda generalizada: casos de gripe aviária derrubam ações da BRF (BRFS3) e JBS (JBSS3) no Ibovespa

As ações de empresas frigoríficas como JBS (JBSS3)BRF (BRFS3) e Marfrig (MRFG3) caíram na tarde desta quarta-feira (28) no Ibovespa, após a confirmação na terça-feira (27) do primeiro caso de gripe aviária em uma criação doméstica de aves.

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No fechamento, as ações de JBS recuaram 4,22%, ao preço de R$ 16,34. As ações de frigoríficos caíam em bloco, na esteira da JBS. Confira:

  • Marfrig (MRFG3): queda de 3,20%, a R$ 6,96;
  • BRF (BRFS3): queda de 4,27%, a R$ 8,30;
  • Minerva (BEEF3): queda de 3,25%, a R$ 10,12;

Cotação BRFS3

Gráfico gerado em: 28/06/2023
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Em nota, a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) lembrou que o status do Brasil segue como “livre de gripe aviária de alta patogenicidade” perante a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA).

“A produção comercial segue sem registro (de casos)”, diz a ABPA. “Não se espera, portanto, que ocorram quaisquer alterações no fluxo das exportações brasileiras. Também não há qualquer risco ao abastecimento de produtos.”

O Ministério da Agricultura confirmou o caso em uma produção de fundo de quintal no município de Serra, no Espírito Santo. No plantel em questão, havia pato, ganso, marreco e galinha, segundo a pasta, em nota.

A ABPA elogiou, na nota, a “transparência e a manutenção do trabalho de excelência no monitoramento da enfermidade realizado pelo Ministério da Agricultura e pelas Secretarias de Agricultura dos Estados”. Acrescentou, ainda, que os protocolos sanitários mantidos pela avicultura industrial no Brasil “mantêm-se nos mais elevados padrões de biosseguridade, preservando as unidades produtivas perante a enfermidade”.

Ministério da Agricultura alerta sobre dois novos focos da doença

No último domingo (25), o Ministério da Agricultura comunicou que foram identificados dois novos focos de gripe aviária (influenza aviária de alta patogenicidade – IAAP, vírus H5N1) no Brasil.

De acordo com a pasta, existem nove investigações sobre a doença em andamento, com coleta de amostra e sem resultado laboratorial conclusivo.

As notificações em aves silvestres não comprometem o status do Brasil como País livre de IAAP e não trazem restrições ao comércio internacional de produtos avícolas brasileiros, conforme previsão da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA). O consumo de carnes e ovos não tem restrições, pois a doença não é transmitida dessa forma.

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Primeiro caso no Paraná

No final de semana, a Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) informou que havia sido detectado um caso da influenza aviária em ave silvestre no município de Antonina, no Litoral do Paraná. O caso é o primeiro registrado no Estado.

O diagnóstico foi confirmado na sexta-feira (23), em ave silvestre da espécie Trinta-Réis-Real (Thalesseus maximus). As amostras foram processadas no Laboratório Federal de Defesa Agropecuária de São Paulo (LFDA/SP), reconhecido pela Organização Mundial de Saúde Animal – OMSA como referência internacional em diagnóstico de Influenza Aviária.

As ações de vigilância em populações de aves domésticas e silvestres no Estado e em outros focos do país continuam para evitar a disseminação da doença.

Como identificar sinais da influenza aviária IAAP

De acordo om a Adapar, animais com suspeita da doença devem ser comunicados imediatamente ao governo e as pessoas não devem entrar em contato com a espécie, viva ou morta.

Os sinais clínicos de identificação da gripe aviária em aves são: andar cambaleante; torcicolo; dificuldade respiratória; e animal girando em seu próprio eixo.

Com informações de Estadão Conteúdo e Agência Estadual de Notícias do Paraná.

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Giovanni Porfírio Jacomino

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