Americanas (AMER3) troca auditoria contábil após crise e indícios de fraude

A Americanas (AMER3) trocou a empresa que audita seus balanços contábeis, conforme comunicado em fato relevante nesta quarta-feira (28).

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Segundo a Americanas, a auditoria contábil que ficava ao encargo da PwC agora será feita pela BDO RCS Auditores Independentes.

A BDO ficará responsável pelos balanços contábeis de 2022 e também pelo refazimento de balanços referentes ao ano de 2021.

Segundo a varejista a troca foi “necessária em função do episódio de fraude comunicado pela Companhia em Fatos Relevantes de 13 e 14 de junho de 2023, bem como a revisão das demonstrações financeiras do exercício social iniciado em janeiro de 2023″.

“A Americanas não faz qualquer julgamento acerca da natureza ou extensão da participação das empresas de auditoria no episódio. Entretanto, um maior aprofundamento nos trabalhos de apurações seria necessário para, desde já, assegurar a independência da PwC para seguir com os trabalhos de auditoria das demonstrações financeiras da Companhia”, diz o fato relevante da Americanas.

“Dessa forma, devido à necessidade de apresentar demonstrações financeiras auditadas o mais brevemente possível, a Companhia e seu Conselho de Administração decidiram pela rescisão do contrato com a PwC e imediata contratação da BDO”, completa.

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Americanas não prevê data de acordo com credores

Em comunicado ao mercado, a varejista negou ter ‘previsão de uma data para a conclusão de negociação com credores’. A varejista se pronunciou após notícias na imprensa citarem informações de bastidores que apontariam para um fechamento do acordo em meados de setembro.

Segundo as informações do Estadão, o ‘prazo’ de setembro se dá pelo fato de que, após isso, a Americanas teria pouco caixa e problemas operacionais graves caso não chegasse a um acordo com credores.

Até lá, a expectativa é de que ambas as partes façam ajustes finos no acordo.

Ainda na véspera a varejista entregou seu plano de recuperação judicial à Justiça carioca, e recentemente tem comunicado alguns avanços no acordo com os credores.

Um deles é o do aumento de capital, que será feito pelos acionistas de referência – Lemann, Telles e Sicupira – em uma cifra de R$ 10 bilhões de imediato, podendo ter mais dois lotes de R$ 1 bilhão a depender da liquidez e da alavancagem da empresa.

Nesse sentido, os patamares de liquidez e alavancagem que liberam esse bilhões ‘ainda serão detalhados oportunamente’.

Além disso, também ficou acertado que os acionistas de referência ficarão impossibilitados de vender ações da Americanas por um determinado tempo (lock-up). Ou prazo, contudo, ainda não foi definido, mas informações de bastidores apontam para algo em torno de três anos.

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Eduardo Vargas

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