Arrecadação federal desacelera em setembro depois de 5 meses em alta
A arrecadação do Governo Federal desacelerou e ficou quase estável em setembro, com um avanço de 0,06%, a R$ 113,933 bilhões, em relação ao mesmo período do ano passado. Os dados foram divulgados pela Receita Federal nesta terça-feira (22).
Desde o mês de março, este foi o desempenho mais fraco de 2019. No mês em questão, a arrecadação federal registrou uma baixa em relação ao mesmo período de 2018. Mesmo registrando uma queda significativa levando em conta os outros meses, desde março, o dado representou o melhor para o período desde 2014.
Integrantes da equipe econômica já haviam declarado que a arrecadação em setembro estaria abaixo das expectativas, com frustração de R$ 1,8 bilhão.
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Sobre os resultados, a Receita salientou que houve, em setembro, reclassificação de receitas do program de parcelamentos especias, o Refis, o que impactou negativamente as receitas administradas por outros órgãos, que sofreram uma queda real de 5,92% em relação a setembro do ano passado. Na mesma base, as receitas administradas pela Receita tiveram elevação de 0,2%.
No acumulado do ano até setembro, a arrecadação geral cresceu 2,15% a R$ 1,129 trilhão. Com o desempenho obtido, junto a arrecadação de receitas estimadas com leilões de petróleo, Mansueto Almeida, secretário do Tesouro, já afirmou que o déficit primário do governo central deve ficar abaixo de R$ 100 bilhões neste ano.
Arrecadação federal em agosto
Em agosto, a arrecadação federal atingiu R$ 119,951 bilhões e foi a maior para o mês desde 2014. Os dados foram divulgados no dia 24 de setembro pela Receita Federal. Em comparação a 2018, os ganhos obtiveram alta real, descontada a inflação, de 5,67%.
A arrecadação federal tem grande importância nas contas públicas, ja que é um dos fatores que influenciam na meta fiscal. Dessa forma, se a arrecadação é maior, maiores são as chances de o governo conseguir cumprir o previsto. Para 2019, a meta fiscal oficial prevê um déficit de R$ 139 bilhões.
