Antes de encontro na China, Bolsonaro afirma que tecnologia 5G ‘não está no radar’

Pouco antes de sua chegada à China, o Presidente da República Jair Bolsonaro disse, nesta terça-feira (22), que o assunto sobre a nova tecnologia de telefonia móvel (5G) “não está no meu radar”.

Questionado se os representantes da China realizaram algum tipo de pressão sobre o assunto, o presidente brasileiro respondeu que “comigo, não, conversaram com o vice [Hamilton Mourão]”.

O embaixador chinês no Brasil, Yang Wanming, ao comentar sobre o processo de inserção da tecnologia 5G no País, disse que “a Huawei não será banida [do Brasil]”.

O edital da licitação ainda é desconhecido, no entanto, o diplomata chinês acredita que o Brasil não abrirá mão da Huawei, companhia que detém o maior número de patentes 5G no mundo, devido à pressão dos Estados Unidos. Wilbur Ross, o secretário de Comércio dos EUA, revelou em agosto ter “alertado” o governo brasileiro sobre as “vulnerabilidades” da tecnologia da gigante asiática.

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O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araujo, ressaltou que o assunto não está na agenda dos encontros bilaterais na capital chinesa, nesta semana. De acordo com ele, isso ocorre em decorrência do Brasil, por hora, não possuir uma definição técnica sobre o tema.

Bolsonaro viaja a Pequim na manhã da próxima quinta-feira (24). Ele se encontrará com Xi Jinping, presidente da China.

Economia da China desacelera

O crescimento econômico da China vem sofrendo os impactos da guerra comercial que se arrastam há mais de um ano. Neste trimestre, o Produto Interno Bruto (PIB) subiu 6% na comparação com o ano passado, o pior resultado em quase 30 anos. No trimestre anterior, o crescimento foi um pouco maior, de 6,2%.

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Dados fracos do gigante asiático nos últimos meses demonstram a demanda mais fraca interna e externa. É consenso entre analistas que a disputa comercial com os norte-americanos afeta a produção industrial.

Especialistas afirmam que o espaço para estímulos agressivos é limitado em um contexto onde a China já possui um grande volume de dívida após ciclos anteriores de afrouxamento.

Jader Lazarini

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