Radar: Petrobras (PETR4) não bateu martelo sobre a Braskem (BRKM5), JCP bilionário do Bradesco (BBDC4) e Aliansce Sonae (ALSO3) é a preferida de setor

Petrobras (PETR4) informou ao mercado que não há decisão na empresa sobre realizar uma oferta para aumentar fatia ou vender participação na Braskem (BRKM5).

No início da noite, a Petrobras comunicou em fato relevante: “Não há qualquer decisão da Diretoria Executiva ou do Conselho de Administração em relação ao processo de desinvestimento ou de aumento de participação na Braskem.”

E acrescentou: “A Petrobras está desenvolvendo análises para definição da melhor alternativa de execução de sua estratégia no setor petroquímico no âmbito do seu Planejamento Estratégico.
Nesse sentido, a Companhia esclarece que decisões sobre investimentos e desinvestimentos são pautadas em análises criteriosas e estudos técnicos, em observância às práticas de governança e os procedimentos internos aplicáveis.”

Atualmente a estatal possui 36,1% do capital social da Braskem, e quer evitar consolidar a dívida de US$ 9,8 bilhões da petroquímica em seu balanço financeiro.

Além disso, uma eventual oferta poderia afetar diretamente a governança e a estrutura de capital da Braskem – em tese, transformando a empresa em uma estatal.

Com a notícia, as ações da Braskem fecharam em alta de cerca de 6,43%, cotadas a R$ 29,48, e lideraram os ganhos no Ibovespa hoje.

Juntamente com isso, vale lembrar que a Unipar (UNIP6) também está disputando a compra de ações da empresa, que ofereceu R$ 10 bilhões por 34,4% da petroquímica.

Semanas antes, a gestora americana Apollo, em conjunto com a empresa nacional de petróleo de Abu Dhabi (ADNOC), fez uma oferta pela totalidade da empresa, pela cifra de R$ 37,5 bilhões.

Todas as ofertas devem passar pelo crivo da Novonor, o atual controlador. A empresa, que é a antiga Oderbrecht, detém 50,1% das ações com direito a voto da empresa.

No páreo pela compra, a Petrobras teria direito de preferência sobre as ações.

Além de Petrobras, confira outros destaques desta quinta-feira:

Bradesco (BBDC4) anuncia pagamento de JCP bilionário; confira o valor

  • O valor total dos JCP do Bradesco será de R$ 2 bilhões, equivalente a R$ 0,178997238 por ação ordinária e R$ 0,196896961 por ação preferencial. O pagamento será realizado no próximo dia 6 de julho.
  • Os investidores que vão receber esses proventos são os acionistas comprados nos papéis do Bradesco até o final do pregão de 26 de junho de 2023.
  • A partir do dia 27 de junho, as ações do Bradesco serão negociadas como “ex-direito” aos juros intermediários, ou seja, sem direito a receber os proventos.
  • O pagamento dos proventos do Bradesco terá valores líquidos de R$ 0,152147652 por ação ordinária e R$ 0,167362417 por ação preferencial, já descontado o Imposto de Renda na Fonte de 15%.
  • Essa tributação pode ter exceções, como os acionistas pessoas jurídicas que estejam dispensados dela, e que receberão pelo valor declarado.

Banco vê forte valorização no setor de shoppings e ação da Aliansce Sonae (ALSO3) é a preferida; veja por quê

  • Itaú BBA avalia que o setor de shoppings pode ser uma boa alternativa para os investidores, projetando um upside de 20% a 40%. Diante desse cenário, o banco recomenda compra para Aliansce Sonae (ALSO3), Iguatemi (IGTI11) e Multiplan (MULT3), com preços-alvo a R$ 29, R$ 27 e R$ 32, respectivamente.
  • De acordo com analistas do banco, o setor de shoppings deve fornecer bons ganhos, com uma taxa média de crescimento anual composta (CAGR) de 20% nos próximos dois anos, risco reduzido de desvalorização, um portfólio negociado com descontos acima da média para títulos indexados à inflação e bom posicionamento para capturar novas reduções de taxas reais.

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Fed e SEC investigam Goldman Sachs (GSGI34) por atuação antes da quebra do SVB

  • Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) e a Securities and Exchange Comission (SEC, a CVM dos Estados Unidos) estão investigando a atuação do Goldman Sachs (GSGI34) na derrocada do Silicon Valley Bank em março deste ano, de acordo com fontes familiarizadas com o assunto.
  • A suspeita é de que o Goldman Sachs, à época contratado para aumentar o capital do SVB, teria feito uma compra da carteira de títulos do banco logo antes dele entrar em colapso.
  • A instituição financeira teria sido intimada pelo Departamento de Justiça (DoJ) como parte de uma investigação sobre a quebra do SVB. Trabalhando como consultora do SVB, a divisão de negociação do Goldman comprou o portfólio de US$ 21 bilhões do SVB em títulos de dívida disponíveis para venda com desconto em relação ao seu valor de mercado.
  • Isso teria sido feito após os banqueiros do Goldman Sachs terem dito aos executivos do SVB que, antes de levantar capital, o banco deveria vender parte ou a totalidade de sua carteira de títulos.
  • Segundo um porta-voz do banco, o Goldman começou a vender partes da carteira de títulos do SVB depois de comprá-los em março. A instituição esperava ganhar menos de US$ 50 milhões quando todo o portfólio fosse vendido, conforme uma fonte ouvida pelo Dow Jones Newswires.
  • O Goldman informou que “está cooperando” com a investigação. Após a notícia, a ação do Goldman Sachs perdeu fôlego em Nova York e, por volta das 16h37 (de Brasília), avançava 0,24%. Fonte: Dow Jones Newswires.

Dólar tem quinto pregão seguido de queda e recua 5,3% no mês; veja o preço atual

  • dólar à vista encerrou a sessão desta quinta-feira, 15, em baixa de 0,09%, cotado a R$ 4,8025, com mínima a R$ 4,7953. Foi o quinto pregão consecutivo de queda da divisa, que já acumula desvalorização de 1,51% na semana e de 5,33% no mês. O real apresentou hoje desempenho bem mais modesto que o de seus pares latino-americanos, à exceção do peso mexicano, e de divisas de exportadores de commodities.
  • Pela manhã, o preço do dólar até ensaiou uma alta e correu à máxima a R$ 4,8446, em movimento natural de correção e ajuste de posições após a euforia de ontem com a revisão pela S&P Global da perspectiva do rating brasileiro (BB-, grau especulativo) de estável para positiva.
  • Passado um período de instabilidade e troca de sinais no início da tarde, a divisa acabou se firmando em terreno negativo, alinhando-se à onda global de enfraquecimento da moeda americana.
  • No dia seguinte ao Federal Reserve (Fed, o BC dos EUA) interromper seu processo de aperto monetário, o Banco Central Europeu (BCE) elevou taxas de juros em 25 pontos-base. Além disso, a presidente do BCE, Christine Lagarde, disse que uma pausa no ciclo de alta não está em pauta.
  • Lá fora, o índice DXY operou em queda firme, com mínima à tarde abaixo da linha dos 102,100 pontos, com perdas de mais de 1% do dólar em relação ao euro. A moeda americana também caiu em bloco na comparação com divisas emergentes e de países exportadores de produtos básicos, em especial dólar australiano, peso colombiano e rand sul-africano.
  • O dia foi de valorização de commodities agrícolas e metálicas. As cotações internacionais do petróleo subiram mais de 3%, com o contrato do tipo Brent para agosto fechando em alta de 3,37%. Após ter reduzido taxas de juros de curto prazo na segunda-feira, 12, o Banco do Povo da China (PBoC, na sigla em inglês) anunciou ontem à noite corte de juro de linha de empréstimos de médio prazo para estimular a economia.
  • “O panorama mudou em alguns pontos na última semana, com melhora das expectativas para China, que puxa as commodities para cima e ajuda moedas emergentes. O Fed até alertou que pode voltar a subir os juros, mas acredito que seja uma estratégia para conter a euforia do mercado”, afirma o economista-chefe da Frente Corretora, Fabrizio Velloni.
  • Indicadores americanos deram sinais contrários hoje. As vendas no varejo subiram 0,3% em maio, na contramão das expectativas (queda de 0,2%). De outro lado, a produção industrial caiu 0,2% em maio, enquanto analistas previam alta de 0,1%. Monitoramento do CME Group mostra que a chance de elevação da taxa de juros em 25 pontos-base pelo Fed em julho segue majoritária, acima de 60%.
  • Embora a cotação do dólar tenha tocado o nível de R$ 4,79 ao longo da sessão, o economista da Frente Corretora vê os R$ 4,80 como uma barreira relevante a ser rompida.
  • “A mudança da perspectiva do rating pela S&P foi positiva. Para puxar esse dólar mais para baixo é preciso algo mais”, diz Velloni, citando a aprovação do novo arcabouço fiscal, que tramita no Senado, e da reforma tributária.

CEO da Oi (OIBR3): “Trabalhamos com TCU e Anatel para chegar a acordo sobre concessão”

  • O presidente da Oi (OIBR3), Rodrigo Abreu, contou que a companhia está trabalhando com o Tribunal de Contas da União (TCU) e com a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) para chegar a um possível acordo que permita à operadora migrar do regime de concessão para autorização na telefonia fixa, o que viria acompanhado do encerramento dos litígios envolvendo o tema da concessão.
  • “Confiamos na discussão sobre a mudança da concessão para autorização”, disse Abreu, durante teleconferência com investidores e analistas. “Estamos trabalhando também com o TCU para chegar a acordo nesta frente”, emendou.
  • A resolução dos prejuízos originados na concessão é vista pela Oi como um ponto crítico para voltar à sustentabilidade dos seus negócios. Vale lembrar que a companhia abriu um processo de arbitragem cobrando da Anatel uma compensação pelos prejuízos econômicos provocados pela concessão de telefonia fixa, um serviço que caiu em desuso nos últimos anos e fez despencar a receita da operadora. Em paralelo, as obrigações relacionadas à manutenção da rede e dos orelhões continuam.
  • Em paralelo, a Oi estuda mudar seu regime de concessão para autorização, o que a livraria de continuar gastando com essas obrigações, conforme previsto na atualização da lei geral de telecomunicações. Mas isso também exigiria que a tele pagasse uma compensação à União. O valor foi levantado pela Anatel e está sendo analisado pelo TCU. Todas as cifras ficam na casa das dezenas de bilhões de reais.
  • presidente da Oi explicou que a discussão de um possível acordo é uma iniciativa do próprio TCU e que tem como pano de fundo um movimento da Corte para buscar soluções para grandes disputas que envolvem o Poder Públicos e empresas concessionárias de serviços públicos.
  • Caso exista visão de acordo, a Oi teria reconhecido a o seu direito de fazer a migração sem custos. Por outro lado, encerraria a sua arbitragem contra a Anatel. “O acordo consiste justamente nisso: terminar os pleitos de lado a lado, sejam aqueles ligados à migração e a outras obrigações da empresa com o poder concedente. E do outro, eliminação de processos futuros e dos litígios via arbitragem”, informou Abreu.
  • O presidente da empresa ponderou que embora exista essa discussão sobre um possível acordo, os processos continuam a andar. No caso da arbitragem contra a Anatel, a principal audiência do aconteceu em maio. A Oi espera que as decisões parciais da corte arbitral sobre os direitos reivindicados pela companhia saiam no segundo semestre.

Petrobras (PETR4): como a compra da Braskem (BRKM5) poderia afetar acionistas e dividendos da petroleira

  • Na quarta-feira (14), declarações do presidente da Petrobras (PETR4), Jean Paul Prates, despertaram a possibilidade de a petrolífera comprar o bloco de controle da Braskem (BRKM5). Atualmente, a sociedade é detida majoritariamente pela Novonor (antiga Odebrecht) e pela petroleira.
  • De acordo com Prates, o direito de preferência pelas ações da Braskem deixa a petrolífera confortável em meio às tentativas de compra da petroquímica. O executivo afirmou que a Petrobras já definiu internamente a posição que irá tomar sobre permanecer, sair ou assumir a participação da Novonor na Braskem, mas que ainda não podem se pronunciar publicamente por especulações.

Da Petrobras à Braskem, essas foram as empresas que se destacaram hoje. Para ler todas as matérias clique aqui.

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Vanessa Loiola

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