Braskem estuda emitir até US$ 3 bilhões em dívida

A Braskem (BRKM3; BRKM5), segundo fontes, pretende levantar entre US$ 2,5 bilhões e US$ 3 bilhões por meio de dívidas de crédito privado. As debêntures da companhia seriam direcionadas ao mercado nacional e internacional.

Nas últimas semanas, a Braskem se reuniu com gestores de fundos de crédito brasileiros. Nos encontros, esclareceu o cenário atual do negócio da companhia e sondou se existe uma demanda para uma emissão dos papéis.

Aqui no Brasil, a discussão em termos de remuneração ficou em torno do CDI mais 1,1% ao ano. No exterior, a companhia não poderia realizar a emissão de dívida, entretanto, na última quinta-feira (17), a petroquímica foi regularizada junto ao U.S. Securities and Exchange Commission (SEC), órgão regulador do mercado estadunidense.

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O jornal “Valor Econômico”, em contato com a Braskem, ouviu que faz parte da agenda de sua área de RI ter reuniões com potenciais investidores. Além disso, afirmou que, caso decida fazer a emissão no mercado de capitais, “realizará todos os procedimentos necessários para tal emissão”.

Braskem procura reestruturar suas dívidas

O objetivo da companhia é fazer o reperfilamento da sua dívida. De acordo com os dados do resultado do segundo trimestre, a Braskem possuía US$ 2,4 bilhões em liquidez, o que seria suficiente para garantir a cobertura de vencimentos de dívida dos próximos 35 meses.

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Ainda segundo o “Valor Econômico”, alguns potenciais investidores dizem acreditar que, no Brasil, apesar dos entraves envolvendo suas ações que são da Odebrecht, dadas em garantia a bancos em meio ao processo de reestruturação do grupo da empreiteira; além dos problemas em Alagoas, que poderia ter ocasionado o afundamentos do solo de alguns bairros em Maceió, a Braskem teria demanda para a emissão das debêntures.

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A procura pelos papéis da empresa existiriam pelo excesso de liquidez dos fundos aqui, acima do ofertado pelo mercado atualmente. Além disso, a empresa possui um rating de “AAA” por agências de classificação de risco de crédito.

No exterior, a Braskem, por hora, constatou que existe a avaliação de que o mercado demanda mais papéis que possam proporcionar mais risco, algo distinto do oferecido por uma debênture.

Jader Lazarini

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