Petrobras (PETR4) seguirá investindo pesado em ativos de águas profundas e ultraprofundas, diz executivo

O gerente executivo de reservas da Petrobras (PETR4), Tiago Homem, afirmou nesta terça-feira (13), que a estatal vai seguir presente em campos maduros de águas profundas e ultraprofundas com fortes investimentos. O executivo fez as afirmações no seminário “Brazil Energy Summit 2023”, que acontece esta semana no Rio de Janeiro.

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“Temos visão muito forte de renovação dos nossos poços maduros, em áreas que a gente conduz há décadas. Vamos continuar nesses ativos maduros de águas profundas e ultraprofundas com forte investimento. Seja com projetos complementares, seja com novos FPSOs para substituir os mais antigos”, disse o executivo sobre os ativos da Petrobras.

Na prática, significa que, à frente, a companhia não vai fazer nenhum grande movimento de venda dos campos das Bacias de Campos e Santos nas profundidades citadas para petroleiras independentes.

Otimismo

O executivo se mostrou otimista com relação ao futuro do setor no País. Ele reforçou a intenção de explorar a Margem Equatorial, no litoral norte do País, apesar da recente negativa de licença ambiental pelo Ibama.

“Como país, estamos muito bem posicionados em termos de portfólio de exploração e produção. Há muitos novos projetos andando, poços sendo perfurados, dutos sendo lançados”, avaliou o executivo da Petrobras.

Ele disse que “certamente”, o próximo plano estratégico da Petrobras vai seguir a tendência de “grandes projetos de exploração e produção” dos últimos anos. Em paralelo, disse, devem se multiplicar os projetos de captura de carbono, com o avanço de um hub tecnológico no Rio de Janeiro e com o avanço da legislação afim no Congresso.

Petrobras: investimentos

Homem também garantiu que a Petrobras vai manter alto investimento em sísmicas de reservatórios a fim de apurar a precisão de suas atividades exploratórias

“Estamos fazendo investimento maciço em aquisição de sísmica de reservatórios. Nos últimos quatro anos, foram US$ 2,6 bilhões em aquisição sísmica de reservatórios, fora a parte de exploração. Ele disse que a aquisição de sísmicas equivale a uma área equivalente a 90% do Estado do Rio de Janeiro.

Homem destacou que, nos últimos dois anos houve recordes de incorporação de reservas da Petrobras, cerca de 2 bilhões de barris confirmados em 2021 (1,99 bilhão) e 2022 (1,87 bilhão).

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Petrobras pode dar suporte a países vizinhos na exploração de petróleo da Margem Equatorial, diz Prates

A Transpetro, subsidiária da Petrobras (PETR4), pretende apoiar a exploração de petróleo e gás natural na Margem Equatorial. O presidente da petroleira, Jean Paul Prates, confirmou em redes sociais a intenção da Transpetro de prestar serviços aos outros países nessas expedições.

Apesar de ainda estar no aguardo da licença do Ibama para a exploração da região, Prates já fala sobre o potencial da Petrobras em prestar suporte aos países vizinhos, Guiana e Suriname, que “apresentam potenciais exploratórios gigantescos e pouquíssimas infraestrutura de óleo e gás”.

“Nada impede que a Transpetro preste serviço para os nossos parceiros, seja serviços de alívio de plataforma, exportação de petróleo ou até operação e manutenção de dutos e terminais”, incentivou Prates.

Reforçando a liderança técnica e econômica, Prates acredita que a Petrobras e a Transpetro podem auxiliar a Guiana e o Suriname a superarem desafios e desenvolverem suas economias locais. Em paralelo, é uma oportunidade para expandir as fronteiras da empresa brasileira.

Prates também falou sobre as mudanças que estão sendo vistas no setor de energia e completou: “A Transpetro, assim como toda a indústria de óleo e gás, também vai precisar se reinventar. A transição energética vai gerar novas demandas e desafios”.

Medidas de descarbonização e oportunidades no setor de energia limpa

O presidente da Petrobras destacou que medidas de descarbonização já estão sendo adotadas pela Transpetro em sua frota. A empresa que atua como o braço de transporte da Petrobras, já conta com a instalação de apêndices hidrodinâmicos nos navios para aumentar a eficiência do sistema propulsivo. Além disso, teve o primeiro abastecimento de bunker com conteúdo renovável realizado no Brasil, com 90% de bunker e 10% de biodiesel.

Prates ressaltou as metas agressivas de descarbonização estabelecidas pela International Maritime Organization (IMO) e afirmou que a Transpetro está se esforçando para atender às demandas internacionais em sua frota.

Transporte e distribuição de hidrogênio verde

Assunto que não podia ficar de fora, Prates destacou a importância do hidrogênio verde como uma aposta para entregar energia limpa a setores difíceis de descarbonizar, o que pode representar uma nova oportunidade de negócio para a Transpetro.

Levando em consideração as dúvidas sobre o transporte e distribuição de hidrogênio verde, o presidente indicou que por enquanto, a melhor solução é em formato de amônia em navios que percorrem grandes distâncias e dutos para interiorização pode ser a melhor solução. Ele enfatizou que essas são exatamente as áreas em que a subsidiária se destaca. “À medida que a Petrobras expande suas operações, ela precisará cada vez mais da Transpetro para transportar, armazenar e escoar”, concluiu sobre o braço da Petrobras.

Com Estadão Conteúdo

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Redação Suno Notícias

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