Ibovespa fecha em alta, aos 115 mil pontos; Petrobras (PETR4) sobe e Via (VIIA3) decola com números do IPCA

O Ibovespa fechou com alta de 0,77%, aos 115.488,16 pontos nesta quarta-feira (7). A desaceleração do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em maio estimula alta do Ibovespa, diante do aumento da percepção de o processo de recuo da Selic está bem próximo. Com isso, o índice da Bolsa pode ir para um quinto pregão seguido de elevação e mirar novas marcas, a fim de ganhar maior consistência.

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Além disso, na ponta negativa do Ibovespa hoje a CSN (CSNA3) caiu menos de 2% e liderou as baixas, puxando uma retração de mineradoras e siderúrgicas.

A Petrobras (PETR4) subiu mais de 2%, com a alta do Petróleo. Além disso, as unidades de refino da Petrobras atingiram em maio um fator de utilização (Fut) de 95%. Este é o melhor resultado mensal desde julho de 2015, informou nesta quarta-feira, 7, a estatal. Em alguns dias, segundo a empresa, na segunda quinzena do mês, o nível chegou a superar os 99%.

A Via (VIIA3) e o Carrefour (CRFB3) estão entre as altas do varejo, impulsionadas pelos dados do IPCA.

O desempenho de maio foi registrado mesmo com paradas programadas de manutenção na RPBC (Cubatão, SP), Refap (Canoas, RS), Reduc (Duque de Caxias, RJ) e Replan (Paulínia, SP). Dessas, apenas a Refap estava na lista de vendas do governo anterior. O processo de venda das refinarias foi suspenso pela atual gestão da companhia.

Lá fora, os investidores demonstram certa cautela em meio ao aumento das incertezas em relação ao crescimento econômico mundial, após dados fracos da balança chinesa e alertas da OCDE de que a recuperação mundial deverá ser fraca.

Nas bolsas mundiais, alta de 0,1% no S&P ante 0,06% de avanço no Dow Jones. Na Europa, queda de 0,03% em Frankfurt (DAX) e alta de 0,08% em Londres (FTSE).

Nas commodities, o petróleo Brent avança 0,84% a US$ 76, ante alta de 0,06% do minério de ferro a US$ 108,15, mostrando um leve avanço após o rali iniciado na semana anterior.

No câmbio, queda de 0,2% do dólar ante o real, a R$ 4,927.

Notícias que movimentam a bolsa de valores hoje

  • IPCA desacelera e fica abaixo do esperado; varejo sobe
  • Itaúsa faz venda bilionária de ações da XP
  • Copel (CPLE6) fará emissão bilionária de debêntures

IPCA surpreende positivamente

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) apresentou uma alta de 0,23% em maio, conforme dados divulgados pelo IBGE na manhã desta quarta (7).

Com isso, o IPCA anualizado ficou em 3,94%. Os dados oficiais da inflação, assim, mostraram um cenário com variação menor do que o esperado.

As projeções do consenso de mercado eram de uma variação de 0,33% do IPCA em maio, deixando o anualizado em 4,04%.

Se confirmada, a projeção já representaria o IPCA mais baixo desde meados de 2020 – o que ocorreu com mais ‘folga’, dada a variação de 0,23%.

O que puxou o índice para baixo no mês foi o grupo de transportes, que apresentou uma deflação de 0,57%. Além disso, outro grupo que registrou queda em maio foi o de artigos e residência, que caiu 0,23%.

Com o cenário, as ações de varejistas apresentam as maiores variações positivas da bolsa de valores hoje, além da continuação do rali das aéreas, por conta do patamar de alavancagem.

“Os juros futuros abriram em queda, refletindo mais um dado que deve corroborar com a tese cada vez mais dominante de que o Banco Central começa a ter fatos concretos para mudar a direção da política monetária”, analisa Alexsandro Nishimura, economista e sócio da Nomos.

“Para a próxima reunião do Copom, nos dias 20 e 21 de junho, não se espera alteração na Selic, mas aumenta a expectativa por sinalização mais clara de que o ciclo de baixa venha a seguir. Com a desaceleração consistente da inflação, a curva de juros deve começar a precificar totalmente um corte na Selic a partir da reunião de agosto”, completa.

Itaú ‘vende bilhão’ na XP

A Itaúsa (ITSA4), em continuidade com seu plano de desinvestimentos na XP (XPBR31), fez uma venda de 12 milhões de ações Classe A da empresa.

A fatia vendida correspondentes a 2,27% do capital da XP (desconsideradas as ações em tesouraria), sendo de R$ 1,1 bilhão.

A decisão vem em meio a comentários da alta gestão da holding de que o plano de alienação de ações seria continuado e que o foco, por ora, será no setor não financeiro.

“A alienação decorre da decisão estratégica da companhia de reduzir sua participação na XP, conforme divulgado anteriormente, por não se tratar de ativo estratégico, sendo que os recursos serão destinados ao reforço de caixa e à ampliação do nível de liquidez da holding”, diz fato relevante.

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Emissão da Copel

A Companhia Paranaense de Energia, a Copel (CPLE6) fará sua oitava emissão de debêntures no total de R$ 1,6 bilhão.

Segundo o comunicado, as debêntures da Copel serão simples, não conversíveis em ações, da espécie quirografária (não desfruta de nenhuma preferência), com garantia adicional fidejussória, em até três séries, e valor nominal unitário de R$ 1 mil.

Conforme o cronograma firmado pela empresa, emissão será em 15 de junho, ao passo que a liquidação se dará em 20 de junho.

A Data de Início da Negociação das Debêntures na B3 será um dia imediatamente após a data de encerramento da oferta.

A empresa não informou sobre remuneração nem qual será o destino dos recursos captados. A oferta será destinada puramente a investidores profissionais.

Maiores altas e baixas do Ibovespa

Última cotação do Ibovespa

Ibovespa encerrou o pregão da terça-feira (6) em alta de 1,70%, aos 114.610 pontos.

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Eduardo Vargas

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