Ibovespa fecha em alta, acima dos 114 mil pontos; Assaí (ASAI3) lidera ganhos

O Ibovespa fechou em alta de 1,70%, aos 114.610,10 pontos nesta terça-feira (6).

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A valorização do minério de ferro na China, as perspectivas crescentes de antecipação do ciclo de queda da taxa Selic e de avanço da reforma tributária permitem a alta do Ibovespa nesta terça-feira, 6. O movimento aqui de certa forma destoa do visto em Nova York, onde as bolsas ainda miram alguma valorização, em dia de agenda esvaziada por lá.

Nem mesmo o recuo do petróleo no exterior impede o Índice Bovespa de subir. A Petrobras (PETR4) tem alta de 1,24%.

A Vale (VALE3), que ontem fechou em queda, hoje ganha1,26%.

As ações do Assaí (ASAI3) lideram altas, subindo mais de 14%, com possibilidade de oferta de papéis.

Na ponta negativa do Ibovespa hoje, a Prio (PRIO3) cai 17%, puxando uma retração em bloco das petroleiras.

A Cielo (CIEL3) lidera quedas, caindo 5%, após relatório do JP Morgan rebaixar as ações da companhia.

A Azul (AZUL4) lidera altas: a ação da aérea sobe mais de 9%. A Gol (GOLL4) sobe 7%. Hoje o Citi aumentou o preço-alvo das ADRs da Azul para US$ 20,50 e da Gol (GOLL4) para US$ 7,75. A recomendação é de compra para as duas empresas.

“Há vários fatores positivos no Brasil”, diz o estrategista-chefe do Grupo Laatus, Jefferson Laatus. Além do quadro inflacionário em desaceleração, ele menciona o avanço da pauta fiscal, como a aprovação do arcabouço fiscal na Câmara recentemente e expectativas de aceleração da reforma tributária.

“A inflação está cada vez mais dando indícios de que a Selic deverá cair logo”, diz Laatus.

Conforme ao estrategista, a deflação de 2,33% do Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) em maio, após cair 1,01% em abril (mais forte do que o piso de -2,15% das projeções), reforça a expectativa de desaceleração considerável do IPCA de maio, que sai na quarta-feira. “Dá mais motivação, de que virá com desaceleração. E ontem o BC deu a entender que um possível corte dos juros está próximo”, acrescenta Laatus, ao referir-se às palavras do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e do diretor de Política Econômica do BC, Diogo Guillen, feitas em eventos separados na segunda-feira.

Nas bolsas mundiais, queda de 0,23% no S&P e de 0,20% no Dow Jones durante as negociações que precedem a abertura de mercado.

No radar de indicadores, o PMI de Construção do Reino Unido veio acima do esperado, ao paso que a produção de veículos mensal do Brasil subiu 27,4%.

Mais tarde, às 13h os EUA divulgam a Perspectiva Energética de Curto Prazo da AIE.

Nas commodities, 1,8% de retração no petróleo Brent, a US$ 75,3, ante 1,32% de alta do minério de ferro em Dalian, a US$ 107,67.

Notícias que movimentam a bolsa de valores hoje

  • Luiz Barsi vai às compras e ultrapassa 5% na AES Brasil (AESB3); veja
  • Reforma tributária será apresentada hoje: entenda os principais pontos
  • Projeção do IPCA é cortada pela 3ª semana consecutiva, aponta Boletim Focus

Barsi na AES

O megainvestidor Luiz Barsi aumentou sua participação societária na AES Brasil (AESB3), passando a deter 5% do total de ações emitidas pela companhia.

A informação da compra de ações por parte de Luiz Barsi foi confirmada em comunicado ao mercado divulgado pela AES no fim desta segunda-feira (6). O volume total de ações detidas é de 30,1 milhões de ações ordinárias AESB3.

O aumento da posição acionária ocorre em meio ao aumento da volatilidade na empresa. De abril até metade de maio os papéis tiveram um rali, saindo do patamar de R$ 10 para mais de R$ 12, subindo cerca de 25%.

Do ‘pico’ da cotação para cá, em cerca de 20 dias, foram 5% de retração – momento em que Barsi fez a aquisição dos papéis.

À época, o rali ocasionado em maio veio em meio aos rumores de que a companhia buscava um sócio estratégico e que haveria uma crescente demanda por energia de fontes renováveis, somado ao grande potencial do Brasil para projetos eólicos e solares.

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Reforma Tributária no radar

Está prevista para a tarde desta terça-feira (6) a apresentação, discussão e votação do relatório da reforma tributária elaborado pelo Grupo de Trabalho (GT) da Câmara dos Deputados. Os trâmites serão liderados pelo deputado federal Aguinaldo Ribeiro (PP-PB). A expectativa é de que o projeto receba mais de 400 votos favoráveis.

O parecer do GT será o início da discussão para novas diretrizes do sistema do sistema tributário brasileiro. A perspectiva é que a versão final do documento só ocorrer antes do início de julho. Até lá, o relator deverá se reunir com as bancadas partidárias da Câmara e governadores.

Você pode conferir em detalhes os principais pontos da proposta aqui.

Corte de projeções da Suzano

A Suzano (SUZB3) comunicou o corte de 4% na estimativa de produção de celulose para 2023. De acordo com o BTG Pactual, a decisão da administração da empresa é racional e correta. Nesta segunda-feira (5), os papéis da Suzano subiram no Ibovespa, em um dia marcado por ganhos contidos.

“Observamos a mudança na estimativa da Suzano como uma decisão racional, com a administração optando por preservar o valor de ativos para tempos melhores (lembre-se que essas árvores continuarão crescendo!) e protegendo os retornos atuais da empresa”, afirma o BTG em nota.

Para o banco, a decisão talvez marque uma época de mais disciplina, levando em consideração o histórico da indústria. “Este é um sinal claro de uma líder da indústria de que os preços de US$ 500/t estão insustentavelmente baixos.”

Maiores altas e baixas do Ibovespa

Última cotação do Ibovespa

Ibovespa encerrou o pregão da segunda-feira (5) em alta de 0,12%, aos 112.696 pontos.

Com Agência Estado

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Eduardo Vargas

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