Guerra comercial: Trump nega assinar acordo até falar com Xi Jinping

Em mais uma fase da guerra comercial, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou, nesta quarta-feira (16), que não assinará um acordo comercial com a China até se reunir com o presidente do país asiático, Xi Jinping, no Chile durante o Fórum de Cooperação Ásia-Pacífico (Apec), que ocorrerá de 11 a 17 de Novembro.

O presidente Trump, em declaração sobre a guerra comercial, salientou que o acordo parcial, que foi anunciado na semana passada “está sendo colocado no papel”.

Guerra comercial e Hong Kong

Mesmo com o possível acordo parcial entre Estados Unidos e China, o mercado internacional segue atento ao desdobramento, devido as falas do Ministro da China sobre a decisão do Congresso norte-americano de apoiar a Lei dos Direitos Humanos em Hong Kong.

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“A situação atual em Hong Kong não tem nada a ver com direitos humanos ou democracia. A verdadeira questão é acabar com a violência em breve, restaurar a ordem e proteger o Estado de Direito”, disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Geng Shuang. “A China está determinada a tomar fortes medidas em resposta às decisões erradas do lado americano, para defender sua soberania, segurança e interesses de desenvolvimento”.

Declaração do FMI

A economista-chefe do Fundo Monetário Internacional (FMI), Gita Gopinath, afirmou, na última terça, que a guerra comercial diminuirá o Produto Interno Bruto (PIB) global até 2020.

Saiba mais: Guerra comercial reduzirá PIB mundial, diz economista-chefe do FMI

De acordo com a economista do FMI, até o ano que vem, o conflito comercial entre as duas principais economias do mundo pode reduzir aproximadamente 0,8 ponto percentual do PIB mundial.

Por conta disso da desaceleração econômica global, Gopinath ressaltou que não há espaço para ‘políticas erradas’.

“Os países precisam trabalhar juntos, porque o multilateralismo continua sendo a única solução para combater as principais questões, como os riscos das mudanças climáticas, riscos de segurança cibernética, taxas de evasão e as oportunidades e desafios das tecnologias financeiras emergentes”, afirmou a economista-chefe sobre a guerra comercial.

Rafael Lara

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