O que saber nesta quarta-feira em política e negócios
No noticiário político as atenções se voltam aos dados da última pesquisa do Ibope. O levantamento, divulgado ontem no Jornal Nacional, mostra a continuação da liderança de Jair Bolsonaro (PSL), com 28% das intenções de voto, e também o rápido crescimento de Fernando Haddad (PT), que se consolida como o adversário a disputar o segundo turno, com 19%. Na simulação de segundo turno entre os dois candidatos, ambos aparecem estritamente empatados, com 40% das intenções de voto cada.
Aliados de Bolsonaro estão trabalhando para criar uma base de centro-direita dentro do partido e costurar alianças para o segundo turno. É o que informa uma coluna do Correio Braziliense, que afirma que a campanha do candidato, que vem sendo levada por seus filhos enquanto ele está internado no Hospital Albert Einstein, busca figuras como João Amoêdo (Novo) para contribuir na campanha e, em troca, compôr o governo.
A ideia de oferecer um ministério ao candidato em troca de seu endosso eleitoral no segundo turno, no entanto, foi cortada pela raiz, pelo menos a princípio, com uma nota de Amoêdo. Nela, ele afirma que “jamais esteve ou estará com Bolsonaro” e nega que tenha havido qualquer contato do PSL. “Amoêdo não ocupará ministério em nenhum governo. Também jamais chamará Bolsonaro para compor o ministério em seu eventual governo”, escreveu também.
Paulo Guedes, que será o Ministro da Fazenda no caso de vitória de Bolsonaro, anunciou sua plataforma tributária a uma audiência restrita, segundo a Folha de S. Paulo. Uma de suas ideias seria a recriação de um imposto como a CPMF, sobre transações financeiras, além de criar uma aíquota única do Imposto de Renda para pessoas físicas e jurídicas, de 20%. A mesma taxa seria aplicada para tributar a distribuição de lucros e dividendos.
Na agenda econômica, atenção hoje para o anúncio, a partir das 18h, da nova taxa Selic, pelo Copom. A expectativa do mercado é de que ela se mantenha em 6,5%.
A ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) de subsídios federais para o diesel à Petrobras, no valor de R$871,5 milhões, após criticas no mercado por conta do atraso. O subsídio foi negociado após a greve dos caminhoneiros. Ainda sobre a Petrobras, a estatal manteve o preço da gasolina inalterado após revisão.
A Eletropaulo concluiu seu aumento de capital no valor de R$1,5 bilhão e haverá reunião do conselho de administração para homologá-lo. A Taesa conseguiu licença ambiental prévia para instalações da ERB1. A Sapore e Kinea analisam OPA (oferta pública de aquisição) pela IMC a R$ 8,50 por ação, segundo o Valor Econômico. A Embraer entregará três cargueiros KC-390 à FAB.
O governo federal espera, dentro dos próximos 30 dias, definir um modelo para retomar as obras da usina nuclear de Angra 3 e também tomar decisões sobre a realização de um leilão para contratar novas termelétricas na região Nordeste.