Taxa de desemprego fica em 8,5% no trimestre até abril, afirma IBGE
A taxa de desocupação no Brasil ficou em 8,5% no trimestre encerrado em abril, de acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua). Segundo as informações apresentadas nesta quarta (30) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), essa foi a menor taxa de desemprego para o período desde 2015 e o índice manteve-se estável ante o trimestre móvel anterior.
“Essa estabilidade é diferente do que costumamos ver para este período. O padrão sazonal do trimestre móvel fevereiro-março-abril é de aumento da taxa de desocupação, por meio de uma maior população desocupada, o que não ocorreu desta vez”, comentou Alessandra Brito, analista da pesquisa.
Taxa de desemprego
Em igual período de 2022, a taxa de desemprego medida pela Pnad Contínua estava em 10,5%. No trimestre encerrado em março de 2023, a taxa de desocupação estava em 8,8%.
Os números do desemprego no Brasil ficaram levemente abaixo da mediana das expectativas dos analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast, de 8,7%. As projeções para a taxa de desemprego iam de 8,3% a 9,3%.
A massa de renda real habitual paga aos ocupados somou R$ 278,8 bilhões no trimestre até abril, alta de 9,6% ante igual período do ano anterior. A renda média real do trabalhador foi de R$ 2.891 no trimestre encerrado em abril. O resultado representa alta de 7,5% em relação ao mesmo período do ano anterior.
A população fora da força de trabalho ficou em 67,2 milhões de pessoas, um aumento de 1,3% na comparação trimestral, ou mais 885 mil pessoas. Na comparação anual, o crescimento foi de 3,5% ou mais 2,3 milhões de pessoas.
Número de empregados sem carteira e trabalhadores domésticos recua
Os resultados da PNAD Contínua para abril também mostraram que o número de empregados sem carteira assinada no setor privado recuou 2,9% em relação ao trimestre terminado em janeiro, ficando em 12,7 milhões. Também o contingente de trabalhadores domésticos recuou: diminuiu 3,2% e chegou a 5,7 milhões de pessoas.
Fora dos números do desemprego, os contingentes de empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado (36,8 milhões), de trabalhadores por conta própria (25,2 milhões) e de empregados no setor público (12 milhões) ficaram estáveis em abril.
Com Estadão Conteúdo e Agência IBGE